quarta-feira, 13 de julho de 2011
Artigo - Expressão Corporal 1 - por Gabriela Neves Guimarães
sábado, 9 de julho de 2011
Artigo - Expressão Corporal 1 pela aluna: Renata Barroso Paixão
sexta-feira, 8 de julho de 2011
Deivid Ferreira Santana
Este presente artigo é resultado da prática da disciplina Expressão Corporal I do Curso de Teatro, da Universidade Federal de Uberlândia. E pretende tratar do assunto da criação de personagem a partir de um movimento primeiro, ou seja, quando de um simples movimento e/ou ação se cria um personagem.
Na minha prática durante a disciplina, tivemos a criação de um personagem, um rei, cada aluno teve subsídios para criar o seu; a criação deste se deu em várias aulas, que a cada vez trabalhávamos algo diferente, sempre partindo das intenções e de como agiria esse rei, partindo da maneira de pensar dele e não do seu modo, pois assim, cristalizaríamos um tipo, o que não era a proposta. Nesse ponto, cria-se um distanciamento, do ator com suas atitudes/ações, deixando de ser ele o agente da situação, tornando-se espectador do seu próprio fazer.
Ele nasceu por meio de improvisações durante a minha prática. Essas se deram, por meio de conduções, que foram feitas após alguns exercícios direcionados, que também contribuíram muito para o desabrochar desse rei, como o da sensibilização da pele feita com bexigas de ar, onde usamos a pressão, o flutuar e o deslisar, todos, conceitos pesquisados por Rudolf Laban, que estão registrados no livro “Domínio do Movimento”. Também usamos uma outra qualidade de movimento,que é a suspensão do peso. Logo após a realização desse, usamos esses princípios com esse rei que criamos, em uma improvisação, que aplicávamos tudo para dar uma nova “cara” ao personagem ou até mesmo, para descobrirmos novas características. Trabalhamos com e sem a bexiga, para que consigamos trazer essas informações, “estranhas”, ou seja, diferentes, para nosso corpo, assim, fazendo com que elas se tronem, totalmente, orgânicas. Essa foi uma aula muito importante para entender essa criação deste, que era lentamente modelado por mim, característica por característica, que se dava aula por aula; foi importante, também, porque nela descobri que estava cristalizando um tipo físico e não trazendo para meu corpo outra maneira de me relacionar com o mundo. No final da aula foi pedido a todos que construíssemos uma improvisação corporal, previamente estabelecida, ou seja, que tivesse movimentos estruturados em uma sequência; e ao termino de cada apresentação, para a turma, todos da mesma, dizia uma palavra que para ele, caracterizava o que acabará de ver, quase todas as que disseram, da minha composição, foram mecânico, robótico ou enrijecido, com isso, me atentei que estava fazendo o contrário do que tinha sido estabelecido. Nesse instante, passei a procurar formas de “trazer” esse rei para o meu corpo sem fazer com que se torne um tipo físico engessado.
Deixando a contextualização de lado, volto ao assunto principal, que é a construção de personagens partindo de uma movimentação. Esse meu rei, surgiu de um exercício de sala, que consistia em uma simples caminhada de olhos semiabertos, onde devíamos nos imaginar em uma estrada loga e sem fim, onde caminhávamos, corporalmente, como caminharíamos nessa, em uma situação real, trazendo textura, temperatura e a forma de pisar (exemplo: se fosse feita de tijolos, como seria caminhar neles?). Nessa caminhada, deveríamos avistar no fim uma pessoa que queríamos muito encontrar. Quando chegássemos a essa tal pessoa, tínhamos que “entrar” dentro dela, a partir daí caminhar com essa caminharia, até chegar ao palácio deste e fazer alguma ação que essa quisesse, a partir daí nos foi dito que eramos reis e que este lugar que estávamos era nosso trono. Eu imaginei uma estrada suspensa acima das nuvens e ela possuía várias curvas. A pessoa que imaginei não era real, não tinha rosto e trazia traços de um velho oriental. E o palácio trazia, também, esses mesmos traços. Foi por esse motivo, que enrijeci a coluna, me prendendo a uma forma já criada.
Com isso, posso dizer que é possível e totalmente crível, que se possa criar um personagem través de uma movimentação ou ação, mas há o perigo de conceber uma forma e se ater a ela sem que deixe, em aberto, a possibilidade de surgirem novos “corpos” para esse, ou seja, novas formas de movimentação, tornando tudo mecânico, sem organicidade.
Outro exemplo dessa forma de criação é, minha outra experiência de construção de um tipo, “Fragmentos de Um Bonde Chamado Desejo”, realizado com resultado da disciplina de Interpretação/Atuação I, onde tive que criar Stanley Kowalski, só foi possível criá-lo quando parti de um movimento de báscula do quadril, como ele trazia muito aflorado a sua sexualidade viril e ativa, tive que procurar uma maneira de ativar essa característica no meu corpo, então comecei com uma simples basculação, que para poder se locomover o quadril que o puxava. Assim, mais uma vez afirmo é fato que um movimento pode trazer qualidade e característica de uma personalidade. A partir dessa constatação, faço uma analogia com o texto de Laban, já mencionado anteriormente, nos seus dizeres, afirma:
“O homem, por via daqueles silenciosos movimentos, cheios de emoção, poderá executar movimentos estranhos que parecem sem significação, ou, pelo menos, aparentemente inexplicáveis. O curioso, contudo, é que ele se move de acordo com as mesmas ações por ele empregadas para serrear, carregar, consertar, amontoar ou fazer qualquer demais operações cotidianas; tais ações, porém, surgem em sequências específicas dotadas de ritmos e formas próprias. As palavras que exprimem sentimentos, sensações, emoções ou certos estados espirituais e mentais não são capazes de fazer mais do que arranhar de leve a superfície das respostas interiores que as formas e ritmos das ações corporais tem condições de evocar. O movimento, em sua brevidade, pode dizer muito mais do que páginas e páginas de descrições verbais.
Entretanto, os movimentos podem ser denominados e descritos e as pessoas que conseguem ler tais descrições e reproduzi-las podem chegar a perceber os estados de espírito por eles expressos. Os movimentos isolados são evidentemente apenas semelhantes às palavras ou às letras de uma língua, não dando nenhuma impressão definida, nem tampouco um fluir coerente de ideias... As sequências de movimento são como as sentenças da fala, as reais portadoras das mensagens emergentes do mundo do silêncio.
(…)
O artista de palco tem que exibir movimentos que caracterizam a conduta e o crescimento de uma personalidade humana, numa variedade de situações em mudança. Ele deve saber como é que se espelham nos gestos, na voz e na fala tanto a personalidade quanto o caráter. Ao utilizar-se desses movimentos, tem ele que comunicar para a plateia as ideias do dramaturgo ou coreógrafo. Tem que saber como entrar em contato com o espectador.” (1978, pp 141 e 143)
O que quero expressar com essa citação é que a partir de um movimento pode-se expressar atitudes, sentimentos etc., ou seja, você sente depois externaliza com o movimento, assim pode-se muito bem fazer o caminho contrário, fazer o movimento e depois criar o sentimento, com isso, criará uma personalidade, assim, formando um personagem.
Um fato curioso é que na observação dos meus movimentos, que tenham intenções, consigo identificá-los nos outros, prevendo assim, suas ações. Creio que esse, também, é um caminha para criar uma identidade, ou seja, por meio do mapeamento e observação dos movimentos provindos de si para poder criar, um ser outro, já sabendo que ação irá fazer e com que intenção irá trazê-la.
Para concluir, trago mais uma experiência que tivemos em sala de aula, que é o exercício de pressão e flutuação, que por meio do toque com pressão, a pessoa tocada tinha que ir contra o toque e fazendo força e por meio do sopro, a pessoa tocada tinha que ir, a favor do sopro, leve. Esse ajudou muitos, inclusive eu, a definir a personalidade do rei, por meio de embate ou de danças, assim meu rei se tornou o Rei da Dança ou Rei Bailarino, aquele que dançava com os inimigos, pelos simples fato de que quando eu fazia pressão ou era pressionado, me utilizava de contato improvisação, que consiste em movimentações onde utiliza-se o outro de apoio. Assim cada movimento pode construir ou somar personalidades aos personagens.
Deixo claro, que essa é apenas uma das possibilidades de criação e que existem outras formas. Essa forma foi retirada de práticas indivíduas que tive em duas disciplinas, nessas experienciei um método de construção interior de formação de personalidade sem partir da construção de um tipo fixo, assim, mostrando que é um modo válido e prático, onde se pode fazer várias descobertas de um outro e de si mesmo, para tornar orgânico,em seu corpo, alguém que não é e nem se pareça contigo.
BIBLIOGRAFIA
LABAN, Rudolf. Domínio do Movimento. São Paulo: Sammus, 1978.
29/03/2011 5º Encontro
· Começamos a aula com um alongamento básico, a partir daí fomos passando a fazer um outro alongamento que consistia em esticar ao máximo o corpo e quando não mais conseguir esticá-lo, não voltava para trás, tínhamos que ir sempre para frente. Depois tínhamos que nos movimentar seguindo essas regras, que eram alongar ao máximo sempre indo para frente e fazendo sempre uma torção no corpo.
· Com isso, organizamo-nos em uma fila, com formato de infinito. Assim, todos continuavam fazendo o que fazíamos no exercício anterior, mas com acréscimo de seguir a fila e seu fluxo, passando pelo oito que se formava.
· Aos poucos acrescentou-se músicas para que seguíssemos o ritmo das mesmas.
· O outro exercícios que fizemos foi, o das várias formas, de enraizamento dos pés no solo, ou seja, mover o corpo sem tirar os pés do chão ou manter o pé firme (ou bem plantado) no solo, para a execução de saltos, giros ou formas corporais com equilíbrio precário.
· A aula terminou mais cedo, neste dia para que fossemos a manifestação do Teatro Grande Otelo, para garantir que ele não seja demolido.
Deividartigo "Espressão Corporal I": Leitura Corporal e a analise das energias - por Tatiane Oliveira
Acredito que todo trabalho necessita da entrega e da disponibilidade do indivíduo e são estes que vão definir a energia que o trabalho trará em si, logo isso afetará diretamente na leitura corporal de quem está assistindo.
Ao cursar a disciplina de "Expressão Corporal I" durante este semestre, eu pude compreender de maneira mais plena, algumas coisas que não ficaram claras para mim no semestre passado na disciplina de "Consciência Corporal".
Para mim, o corpo é um universo, amplo, completo e sendo este a ferramenta principal do trabalho de ator, é preciso um cuidado e um respeito ainda maiores do que o que se deve ter no cotidiano e nas outras profissões.
Assistindo a um debate após uma leitura dramática, eu ouvi a seguinte frase: "Teatro é uma coisa de energia. E nós que estamos na platéia devemos nos atentar sobre que tipo de energia estamos passando pra quem está no palco...". E isso me despertou inúmeras dúvidas como: Não seria o contrário? Quem está com a bola não é quem está no palco? Não é o espetáculo que vai condicionar a minha energia, e conseqüentemente o tipo de energia eu mandarei de volta?
Lembrei então de um episódio ocorrido no momento de conversa após a uma aula ritual que fizemos, em que eu relevei meu receio de me por à prova, disponível a uma limpeza por parte de outras pessoas, uma vez que não sei qual o tipo de energia está sendo mandada para mim. Então a professora Nina me respondeu com a seguinte frase: "Mas cabe a você filtrar, seja lá qual for o tipo de energia está sendo mandada pra você".
Então concluí que o que há de verdade é uma troca de energias. O espetáculo já traz em si uma informação, uma qualidade de energia, seja na dramaturgia, na interpretação, na sonoplastia, ou no próprio cenário. E assim a platéia responde.
Inicialmente, nas primeiras aulas, eu me perguntei inúmeras vezes: Mas como isso vai me ajudar no teatro? Quando e como eu poderei usar isso?
Só depois é que eu pude compreender, que assim como com toda ferramenta é necessário aprender a manusear o corpo e assim administrar o que podemos fazer, quando munidos de uma boa quantidade de material corporal. E é só através da prática, da experimentação é que se pode adquirir tal material.
Ao começar a trabalhar com o universo do rei, comecei a me atentar quanto a que tipo de rei eu queria corporificar e principalmente em sair daquele registro tipificado de rei, sair da zona de conforto. Era preciso pensar em tudo, em como esse rei anda, respira, se comunica, etc.
Mas o mais interessante era ver após a prática, no debate, como esse rei era visto por quem estava do lado de fora. E principalmente sentir a divergência entre a leitura que era feita e o que eu tinha tencionado representar.
É importante ressaltar que inúmeras coisas eram feitas inconscientemente, e um dos maiores desafios para todos é fazer com que tais coisas sejam conscientes, para que assim possam ser trabalhadas. Afinal, como eu posso contar com algo que nem eu mesma soube que pratiquei?
Não é que essa "inconsciência" seja negativa, muito pelo contrário, eu vejo que tal inconsciência evidencia a entrega da pessoa e muitas vezes isso é marcado até mesmo pelo uso dos olhos fechados. E é nessa entrega que realizamos coisas incríveis.
O fato é que em teatro, se o ator não possui ferramentas, não é uma câmera ou um foco que vai resolver a situação. É minha missão tentar fazer com que vejam um rei. E cabe a mim, com minha leitura corporal, ajudar a platéia a identificar determinados códigos.
Não digo que eu devo moldar a leitura do espectador, nem que ele deve ver aquilo que eu vejo, mas é necessária uma lógica, algo que ajude a delinear a linha de pensamento.
Como o corpo do ator é uma ferramenta, infelizmente estamos sujeitos a inúmeros fatores internos e externos que podem comprometer determinado trabalho, seja de maneira positiva ou negativa. E cabe ao ator, canalizar esta energia que está predominando e utilizá-la a favor do que está sendo feito.
Não digo que seja fácil trabalhar em um dia que você não está bem, mas eu procuro pensar: Como eu posso usar esse desconforto, esse incômodo a favor do meu trabalho?
São perguntas que eu mesma não sei responder, mas que ao longo do tempo vão ganhando respostas, assim como muitas coisas que não tinham significado pra mim foram ganhá-lo só agora.
Expressar-se bem através do corpo no teatro é com certeza uma missão árdua e que requer muita disciplina. Mas no cotidiano, tal expressão é constantemente usada de forma automática.
O seu corpo carrega a sua história, a sua vivência, e isso deixa marcas que revelam quem você é, basta saber ler.
Caderno do Nós do dia 30/05 – Expressão Corporal 1 - por Tatiane e Matheus
Entramos na sala já eram quase dez horas, pois era necessária a presença de todos na sala, e todos só poderiam entrar juntos. Uma vez fechada a porta, não era permitida a entrada de mais ninguém.
Assim que entramos, nos deparamos com a sala toda preparada e a reação inicial foi de estranhamento. Então a professora explicou o que aconteceria, as etapas pelas quais passaríamos e o que deveria ser feito.
Havia um texto escrito no quadro, e nós o lemos até que o decorássemos:
"Por isso minha voz esconde outra
Que em suas dobras desenvolve outra
Onde em forma de som perdeu-se o canto
Que eu sei onde, mas não ouço ouvir."
Decorado o texto, fomos aprender o trecho de uma canção:
"Lavadeira do rio, tu me ensina a lavar
Na beira do riacho, debaixo do tabocá..."
Memorizados texto e canção, começamos a fazer o ritual de limpeza, em que todos ficavam em roda ao redor de um círculo de objetos (bolas, pelúcias, buchas, escovas, toalha, etc.), uma pessoa ficava no meio, e quem estava em volta passava esses objetos na pessoa, limpando-a, conciliando a fala do texto e o canto do trecho.
Após a limpeza ser feita em todos, havia a chamada "passagem por cima" em que deveríamos passar por cima das bolas de pilates, que se encontravam em um espaço delimitado.
Feita essa passagem, nos deitamos no chão (de bruços) lado a lado, formando um corredor, e assim efetuaríamos a chamada "passagem por baixo" em que, uma pessoa de cada vez deveria passar por baixo (região do abdome) de todas as pessoas que formavam esse corredor, como se fosse um nascimento. E a fala do texto não parava.
Após o nascimento, a Renata disse as características do rei de cada um e assim deveríamos ocupar um dos espaços demarcados no chão. Ali eram os reinos, e o meio, onde não era delimitado, deveria funcionar como um espaço arenoso, movediço.
Assim começamos cada um a despertar seu rei e agir de acordo com a fluência das situações.
Qualquer um, em qualquer momento, poderia sair, observar e narrar o que estava acontecendo. O mesmo estava sendo feito pelas professoras: Renata, Nina e Vanessa, que ficaram o tempo todo observando.
Posteriormente tivemos a roda de conversa, debatemos, a Renata deu um retorno individual e encerramos a aula.
quinta-feira, 7 de julho de 2011
artigo - Corpo sensorial e noções de totalidade - por Gabriela Ananda
caderno do nós - Aula do dia 29/03 por Gabriela Ananda e Jéssica Evangelista
Artigo - primeiro semestre 2011 Karen Marry Quintal
Relatório da aula dia: 24 de maio de 2011
terça-feira, 5 de julho de 2011
Aula do dia 15 de março de 2011
terça-feira, 7 de junho de 2011
Aula do dia 24/05/2011
quinta-feira, 2 de junho de 2011
Sensações e reflexões do grupo!
Para iniciar a aula uma conversa sobre todo processo de ensino e aprendizagem deste semestre,onde conforme aula anterior do dia 24/05/2011 tivemos a pratica dessa memorização envolvendo toda pratica de ensino do semestre.
Renata trouxe uma proposta de atividade como fechamento e semestre podendo ser feito num grupo como um todo onde teve idéia e elaborou digamos uma pequena introdução onde ela mesmo nomeou como ''dramaturgia'' onde contia o envolvimento de todos REIS e suas personalidades , onde nos mesmos os criamos por meio das aulas.
Memorização das datas que foram e ainda devem ser incluidas no ''caderno do nós'' de acordo com o que foi descrito na relação de pontos do plano de curso onde totalizaram 12 aulas.
Como semestre esta se encerrando marcamos a auto-avaliação para os dia 15/16/17 de Junho podendo ser escrita ou pessoalmente , orientados para proxima aula 07/06/2011 a entrega do restante dos trabalhos para analise e estruturação do trabalho prático.
OBS: na conversa referente ao conteudo semestral foram várias observações referente ao conteudo , muitos aprendizados , muitas dores , isso nos ajuda de qual forma em nossa rotina?Isso mostra que sou capaz de me ajudar?Consegui desenvolver bem os conteudos não so na teoria como na pratica?...Enfim , essas são perguntas que cada um é capaz de se auto avaliar em seu aprendizado onde você mesmo colabora com seu corpo para a coordenação de movimentos, a sensibilidade auditiva, o tempo, a dimensão de espaço, harmonia, ritmo e flexibilidade,onde isso se baseia no rei de cada um aplicando possibilidades e limitações do próprio corpo.
sábado, 14 de maio de 2011
Caderno do Nós – 10/05/2011
Agora deitados colocamos duas bolinhas na base do sacro e percebemos como nosso corpo reagia. Seguindo com as bolinhas na cintura pélvica, um pouco abaixo das costelas, na ponta inferior das escápulas e na ponta superior deixando-as sair pelos ombros. É perceptível como a posição da nossa coluna e nossos apoios variam de acordo com a posição da bolinha.
Nesse momento recolhemos as pernas apoiando os pés no chão e desenhamos o oito deitado (∞ - símbolo do infinito) com movimentos que partiam da base o cóccix – como se tivéssemos um lápis na ponta do cóccix. Em primeiro momento investigamos essa movimentação sem sair do chão, em velocidade e dimensões variadas. Após isso começamos uma busca de impulsos que, partindo do quadril, nos fizesse levantar e deslocarmos no espaço. Até por fim chegarmos ao nível alto. Caminhamos um pouco para soltar as tensões.
Em duplas e com um longo tecido listrado de preto e branco: enquanto um tentava caminhar centralizando seu impulso de deslocamento no centro de força e gravidade o outro o impedia tendo envolvido o companheiro com o tecido pela cintura (passando pelos ísquios) e segurando nas extremidades, ambos na base e procurando manter-se no eixo. O que segura o tecido exerce certa resistência para dificultar o deslocamento do parceiro, enquanto que este se esforça para deslocar-se para frente. Com certo tempo de trabalho o que está atrás vai exercendo cada vez menos força até que não exista resistência para que ambos possam observar as diferenças do caminhar.
>>>> Exercício com música: Começando desta vez de pé, iniciamos uma pesquisa que envolvia as possibilidades de movimento do quadril; como se encaixa e desencaixa, pra que lado ele vai, como podemos inserir as qualidades de movimento nos movimentos dessa região, como fazer reverberar em todo o corpo e como fazê-lo deslocar-se partindo de impulsos deste local. Este exercício foi proposto com música e, como toda investigação corporal, repleto de esforço e suor. Através dos comandos da Renata estes movimentos agora contariam histórias, histórias contadas pelo corpo; e agora estas histórias seriam contadas por nossos reis. E como contariam os nossos reis essas histórias? Deixar o movimento nos levar seria o caminho mais interessante a seguir.
Deveríamos então criar uma partitura corporal que contasse esta história. Selecionando alguns trechos de movimento e observando-os bem onde começam, seus deslocamentos, seus trajetos, onde terminam e quais suas qualidades tínhamos aí um ótimo resultado a ser apresentado.
Apresentamos a partitura por duplas. Cada um que estivesse assistindo deveria dizer uma palavra que melhor lhe definisse a apresentação do outro. Cada apresentação assim como cada palavra foi singular. Algumas surpreendentes para alguns que apresentavam e outras encaixava completamente com os sentimentos impressos nos movimentos de outros.
Apresentações realizadas e palavras ditas, fomos para a conversa de fim de aula.
No bate-papo foi discutido e exposto nossas impressões e sensações dos experimentos da aula de hoje. Com relação à parte da bolinha de borracha foi dito o quanto o corpo fica mais sensível e disposto depois de trabalhado. Com relação aos movimentos que partissem do quadril foi dito o quanto era minucioso o estudo pelas imensas possibilidades de movimentações e suas reverberações. Já e parte da partitura corporal gerou um pouco mais de polêmica na exposição do que significava para si as palavras ditas pelos colegas sobre o seu trabalho. Alguns disseram que servia como uma forma de avaliação, já outros disseram quanto à ressignificação do entendimento do que é assistido. Isso nos levou para a discussão da forma de experimentação e criação utilizada pelos alunos; se eram através do raciocínio lógico de como e quais movimentos realizar ou da observação dos movimentos que partem do corpo e que a partir daí são vistos pelo olhar lógico de organização e precisão de movimentação.
Ambos os pontos de vista foram fervorosamente apontados e defendidos. Por fim e por intervenção e orientação da Renata ficamos no balanceamento de ambos para que possamos deixar o corpo livre pra experimentação e para afinarmos a precisão e intenção dos movimentos.
Concluindo a aula a Renata nos relembrou/ensinou a escala de crescimento dos elementos que formam o movimento a partir dos conceitos de Rudolf Laban:
Espaço: Direto................. Indireto/Flexível
Tempo: Lento/Sustentado.................Rápido
Peso: Leve.................Forte/Firme
Despedimo-nos e fomos embora.
quarta-feira, 27 de abril de 2011
Aula do dia 26 de Abril
Aula do dia 12/04/2011 (noite)
Por: Débora Helena e Ricardo Arruas
Iniciamos o trabalho do dia com um relaxamento proposto e dirigido pela nossa querida “assistente” Wanessa, que começa pelos pés e atinge a região da cabeça. Primeiro, entramos em contato com a superfície dos pés, apalpado e buscando perceber e fixar as sensações que surgiam.
Da mesma forma, fizemos com a panturrilha/canela e coxa, partindo para região superior extrema do corpo, permanecemos, durante todo exercício de relaxamento, sentados sobre os ísquios, sempre atentos a postura mais apropriada para a preservação a coluna vertebral.
Em seguida, retornamos o exercício de “rolamento” iniciado na aula anterior, alternando as partes do corpo responsáveis por provocar o movimento-a cabeça, chão, o alongamento com a expansão e a tridimencionalidade do corpo. Procurando mobilizar as escapulas, executamos uma seqüência de movimentos criada e orientada pela professora/coreógrafa e colaboradora Nina, na qual na posição base com os braços ao longo do corpo e a palma das mãos voltadas para frente, tínhamos que vislumbrar os efeitos provocados pela saída de uma espécie de fio imaginário, primeiro nos cotovelos e ombros e, em todo restante do corpo, precipitando em um conseqüente rearranjo corporal. O desenvolvimento da composição abarca também a atuação da força da gravidade sobre as escapulas; o movimento do braço como impulso para a mobilização do corpo como um todo; e a percepção do peso do braço quando ele esta em “queda passiva” termo utilizado pela Nina para nomear o movimento do braço em queda. O exercício que se segui, foi realizado, inicialmente, em duplas e, consistiu na condução de um dos agentes, através de toque, leves e suaves assopros, por parte de quem estavam no comando.
Quem estava sendo guiado deveria reagir aos toques empregados pelo companheiro com resistência e,á ação do ar exalado, dando continuidade ao movimento sem a força da resistência. Depois, quem estava sendo guiado passava a ser orientado e vice-versa, ate que, em dado momento, de acordo com a necessidade natural do jogo, quem estivesse sendo estimulado poderia passar para a posição de comando sem sinalizar a mudança de função ao parceiro.
Desmanchada a dupla, partimos para a busca do nosso rei, que inicio em um exercício proposto em uma aula anterior, Que rei seria este? Quais são os seus sentidos? Quais as suas vontades e dificuldades encontrados durante seu percurso? Ele tem reino? Estas foram algumas das perguntas feitas para estimular os propósitos ou despropósitos de cada soberano dentro da grande batalha interna e externa que se instaurou.
terça-feira, 26 de abril de 2011
Aula do dia 05\04\2011 (manhã)
A aula foi ministrada pela Nina, começamos com exercícios de aquecimento e conscientização corporal. Em duplas tocamos o corpo um do outro para que esse reconhecesse partes adormecidas, esses toques foram de acordo com que a nina sugeriu. A primeira seqüência era da coluna, passando pelas escapulas até chegar no pescoço e depois na cabeça. Depois das seqüências, nossos corpos se tornaram mais sensíveis para o toque e para percepção do espaço.
segunda-feira, 11 de abril de 2011
Olhares para o chão
Por:Rose e Leandro
A evolução do movimento acontece a partir da consciência que o artista tem de seu instrumento de trabalho - o próprio corpo. Nesta aula retornamos ao objetivo do semestre passado, conhecer e reconhecer as funcionalidades corporais. A aula aconteceu em um tempo menor e foi ministrada pela professora Vanessa e pela coreógrafa Nina. Iniciamos a aula aquecendo a coluna: a cabeça pesa para baixo e leva o restante do corpo, sentimos cada vértebra se enrolar e desenrolar até ficarmos de cócoras e voltar para a posição inicial. Começamos a realizar uma série de rolamentos, a finalidade desse exercício era aumentar a intimidade do corpo com o chão. No primeiro tipo de rolamento que fizemos, trabalhamos com oposições, o corpo se move no chão com uma força contrária a de sua trajetória, nossa estrutura corporal está inteiramente em contato com o piso, aumentando nossa percepção espacial e física. Outra espécie de rolamento é proposta, desta vez, o centro de força é foco da atividade, continuamos a nos deslocar pelo chão, porém, começamos na posição fetal e assim o exercício vai se desenvolvendo e ganhando dinâmica. Todas as atividades são acompanhadas por músicas para estimular a fluidez do movimento. Somos separados em duplas, iremos mapear a coluna vertebral através do toque. Tocamos e somos tocados e levados a reconhecer cada vértebra desse fantástico e misterioso instrumento que nos permite ficar sob duas “patas”. Uma massagem relaxante, ativa, consciente, é feita por nós e por nossos colegas. Depois das atividades práticas, é feita uma reflexão da aula pela turma, compartilhando sensações e sugestões para futuros exercícios.
quarta-feira, 30 de março de 2011
Este é o Reino do rei que não tem reino...
Por: Bárbara Prata
Bom vamos lá para o nosso primeiro caderno do nós de 2011.
Começamos a aula com a apresentação da equipe tecnica que estará com a gente na comissão de frente estará Renata Meira e em seguinda no vem elas Vanessa e Nina(rsrsrsrs) depois discutindo sobre o nosso plano de curso onde ficou decidido que dos 100 pontos dados serão:
20 pts de participação que inclui participação nas aulas, assiduidade, horário, leitura dos textos etc.
10 pts para o caderno do "Nós" que é onde explicamos os exercícios dados nas aulas.
20 pts para o caderno do "Eu" que é o seu momento de reflexão é como o seu diário onde você coloca suas impressões sobre as aulas e sobre o seu corpo.
25 pts para o texto que iremos construir relacionando o caderno do "Eu" os seus relatórios e os textos lidos.
25 pts para uma parte pratica onde você mostrará de uma forma pratica relacionando o seu texto, seja ela feita em partituras de movimentos ou não. Ambos poderão ser feitos em duplas ou não.
Depois a Renata nos passou os textos para fazermos o diário de bordo os textos são:
O significado do movimento
Pagina: 132 a 154.
Para o dia: 12/04
De: Rudolf Laban
Espaço e Corpo guia de realidade de movimento
Pagina: 121 a 155
Para o dia: 19/04
De:Ivaldo Bertazzo
Papel do Corpo no Corpo do Ator
Pagina: 135 a 164
Para o dia: 03/05
De: Sônia Machado (este livro seria bom todos termos sirvira para varias outras aulas)
Obs: Os textos serão disponibilizados na xerox
( se esqueci ou escrevi algo que não tenhamos combinados me avisem)
"Querido o chão não é apoio é trampolim"
Nada melhor que começar o texto com essa frase dita pelo nosso colega de classe Uaquila. Bom a primeira coisa que fizemos foi andar pelo espaço nos espreguiçando, um pouco depois a Renata foi dando as coordenadas, ela pediu que nesse espreguiçar fossemos colocando a respiraçao em quatro tempo, eu e muitos dos meus colegas sentimos dificuldades em conciliar os dois ou era o movimento ou era a respiração. Depois a Renata deu a seguinte instruçao que fez todos ficarem doidos "vocês vão começar o movineto,mas não podem voltar", meu Deus esse exercicio deu pano pra manga acho que todos nós tivemos dificuldade em entender e executa lo. Depois com os olhos fechados tinhamos que visualizar um caminho onde no fim dele estaria uma pessoa nos esperando e quando encontrassemos ela trocariamos de lugar onde teriamos que andar, respirar como ela ate chegar em sua casa onde encontrariamos o lugar mais seguro dessa pessoa. Estando já neste lugar a Renata nos disse a seguinte frase " Este é o reino do rei que não tem reino.Este é o rei, este é o meu reino e eu sou ambos. No centro de mim tem o mundo e no centro do mundo tem eu (frase de autoria de Renata Meira). Soberano de mim do que foi feito, por isso minha voz esconde outra, que em suas dobras se desenvolve outra, onde em forma de som perdeu se o cant,o que eu sei aonde, mas nao ouço ouvir" (frase de autoriade Dante).
Depois com calma fomos voltando e fizemos a nossa famosa roda de conversa onde todos falaram sobre as suas imprenssões.
Bom galera é isso se estiver esquecido de algo me deem um toque pra eu acrescentar, espero que esse semestre seja produtivo para todos nós e que a cada dificuldade que surja sirva para nos fazer seguir em frente e nunca desistir, e olha que eu falo por experiencia propria.
Então é isso.
Beijoss