terça-feira, 31 de março de 2009

Caderno Do Nós

Pés entre plumas

por: maíra rosa...

Ato Único
(primeiro movimento)


Clima tenso.Entra música , em círculo todos acompanham com palmas de mão arcadas, semiflexionadas, dedos em arco transverso, palma com som oco.Segue os pés entre as plumas do cenário também em arco trans- verso, sorrateiros rasteiros ao chão , trabalhando o tibial anterior com a Catira. Alternam-se em seguida, pés sorrateiros e palmas de som oco.Os pés acordam.

Eu gosto de pão de queijo no café da manhã
Sou de Minas, eu não nego
Da Catira eu sou fã.

Palmas ritmadas[1]


Eu gosto de pão de queijo no café da manhã
Sou de Minas, eu não nego
Da Catira eu sou fã.


Pés ritmados[2]

Eu gosto de pão de queijo no café da manhã
Sou de Minas, eu não nego
Da Catira eu sou fã.

Pés e mãos ritmados[3]


(segundo movimento)


Todos saem sentindo os pés livres, outros não. O círculo se abre.Entram vassouras, caçam as plumas que teimosamente voam por todo o espaço.Bastões são postos por cima de algumas plumas teimosas.Os pés são postos por cima dos bastões. Plumas ainda voam. Dedos procuram espaços internos, não os encontram.Os espaços e os dedos se olham, há um tibial anterior.Não se pode levantar os dedos.Dedos tentam acompanhar o chão sob os bastões, há calcâneo.Troca-se de bastões repetida vezes Respiração ofega, os pés saltam.

Voz em contralto : Não consigo.
Voz em baixo soprano: Mas não é assim... Sente... o pé é leve.
Voz em contralto: (hesita) Assim??
Voz em baixo soprano: Sente...só sente. Os dedos abrem.O metatarso esta apoiado no bastão.O tibial aparece....sente!


(terceiro movimento)

Brisa leve, levantam algumas plumas. Em pares agora se busca o equilíbrio corpóreo.Eixo alinhado com quadril sentindo o peso do outro, com os braços semiflexionado, arqueados. Cheiro leve de terra umedecida por chuva.Há uma tentativa de cantar e dançar no passo do cacuriá. As vozes repetem em desacordo sonoro. Sabe a música.Clima tenso. Todos sentam em roda e fazem experimentações vocálicas com a música, utilizando seus ressoadores.Agora as coisas se tornam audíveis.Os pés exitam...

Voz + doce: Lá no fundo do quintal eu vi, e ouvi o vento soprar
Voz + grave: Lá no fundo do quintal eu vi, e ouvi o vento soprar
Voz +doce: E o cata-vento girava, giravaaaaa. Pra lá, girava , girava
Voz +grave: E o cata-vento girava, giravaaaaa. Pra
Lá.


(quarto movimento)

Atores cantam ao passo enraizado de cacuriá.Interação entre o ritmo da música, da ocupação de todo o espaço cênico: da voz estimulada pelos seus ressoadores, do passo do cacuriá agora com os pés sensibilizados, do corpo como um todo pulsando. As mãos não podem estar tencionadas.Deve se tentar re-aprender o que já foi aprendido. Buscar outras referências.Um grande coro quase é formado. Plumas se erguem. O corpo é tocado pelo tambor.Os pés empurram o chão com seus arcos trasverso e puxam o libial que deslizam brincantes.A musica começa. Pés vibram.


“Lá no fundo do quintal eu vi

e ouvi o vento soprar.

E o cata-vento

g i
r a va


pra lá



g i r a v aaaaaa



gi
ra va

E o cata-vento girava


Pra
L

á.”

(Desce o tom em 1/8)

(quinto movimento)

Sensação de projeção nas articulações dos ombros. No palco aparecem dores e condromalacias . Em duas filas paralelas a Catira recomeça. Todos repetem os movimentos dos pés e palmas agora com um leve sorriso nos olhos. Tendões trabalham. Tibial trabalha. Ainda em filas paralelas com espaços internos, duplas se olham e cruzam o espaço voltando pra o mesmo ponto, trabalhando os ombros.Clima eufórico A musica acelera num cresceste atores quase caiem no chão , pés voam ...



É pau Pereira é pau Pereira


È um pau de opinião


Todo pau que fere e corta




Só o pau Pereira não

(sexto movimento)

Apoios ,base , mãos que interagem. Equilíbrio corpóreo. Peso do outro , o outro e o peso. Duplas de tamanhos e pesos diferentes. Palma, dedão ,puxo, seguro, e solta. Projeta o cotovelo. Não se deve desalinhar o quadrilátero. Equilíbrio não é força.Pequenos gestos analisados.Poéticas corpóreas enalteciam. Partituras cênicas rabiscadas. Um corpo atuante desenha imagem com as plumas que sorrateiras ligeiras perpassam os pés.Estes com seus tendões, músculo, plumas, veias, carne e ossos agradecem ao som da Catira.

Eu gosto de pão de queijo no café da manhã
Sou de Minas, eu não nego
Da Catira eu sou fã.

Palmas ritmadas[4]


Eu gosto de pão de queijo no café da manhã
Sou de Minas, eu não nego
Da Catira eu sou fã.


Pés ritmados[5]

Eu gosto de pão de queijo no café da manhã
Sou de Minas, eu não nego
Da Catira eu sou fã.

Pés e mãos ritmados[6]




FIM...




[1] Papara para para
papara para para
paparaparapa paparaparapa e pa
[2] pepere pere pere
pepere pere pere
peperepererepere e pe
[3] Papara para para
pepere pere pere
[4] Papara para para
papara para para
paparaparapa paparaparapa e pa
[5] pepere pere pere
pepere pere pere
peperepererepere e pe
[6] Papara para para
pepere pere pere

terça-feira, 17 de março de 2009

Iniciando o artigo


Dia 19 de março não haverá atividade coletiva.

O trabalho, individual, será escrever um texto articulando Caderno do Eu (deste ano e do ano passado), Caderno do Nós e um, ou mais de um, dos trechos abaixo citados:

"'Conhecer a si mesmo - aprender a pensar - fazer como se nada fosse evidente - espantar-se, estranhar que o ente seja' (Deluzes, 1992:15) são atitudes que cultivamos, mas que ainda nos pareceriam tímidas se não acontecesse o salto criativo para a conceituação encarnada".

MIRANDA, Regina. Corpo-Espaço: aspectos de uma geofilosofia do corpo em movimento. Rio de Janeiro: 7 Letras, 2008. p.86.


"O corpo é nosso instrumento de expressão por via do movimento. O corpo age como uma orquestra, na qual cada seção está relacionada com qualquer das outras e é uma parte do todo. As várias partes podem se combinar para uma ação em concerto ou uma delas poderá executar sozinha um certo movimento como 'solista', enquanto as outras descansam".

LABAN, Rudolf von. Domínio do Movimento. São PAulo: Summus, 1978. p. 67.

“Nesta etapa do trabalho, é fundamental a observação do peso de cada parte do corpo e do corpo como um todo. Empregamos o termo 'peso' segundo o conceito da Física, ou seja, resultante da ação da gravidade sobre os corpos. (Atentamos para não confundir com a nomenclatura de Laban, que o utiliza como fator de movimento.) É importante salientar a relação de peso e leveza, pois exploramos a independência das articulações por meio da percepção de peso das partes que se relacionam com elas, e não por meio da força e da tensão da musculatura, o que pode resultar na retração da articulação. Portanto, o direcionamento do peso do corpo pelo espaço possibilita a leveza do movimento. É pelo uso do peso no meu corpo, e não pelo abandono desta, que me oponho à gravidade”

MILLER, Jussara. A escuta do corpo: sistematização da técnica Klauss Vianna. São Paulo: Summus, 2007. p. 56.


Em primeiro lugar, o simples fato de [o corpo] estar povoado de tensões e ser atravessado por forças impede que o consideremos um objeto colocado no espaço. (…) Aparentemente livre de qualquer influência exterior, o seu equilíbrio resulta do jogo dessas forças que o puxam para uma e outra direções, diminuindo o seu peso aqui, aumentando-o ali, deslizando segundo a inércia ou quebrando o movimento. (…) Basta que a consciência distenda uma tensão muscular em certo lugar para que um novo equilíbrio procure estabelecer-se: a repartição do peso do corpo mudou”.

GIL, José. Movimento total: o corpo e a dança. Lisboa: Relógio D'Água, 2001. p.26.



Perceba que o exercício de escrever sobre sua percepção da gravidade , a partir da apostila, foi um aquecimento para este texto que podemos considerar o embrião do artigo final da disciplina.

Veja que coloquei os trechos entre aspas, citei a bibliografia de acordo com as normas da Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) e coloquei o número da página de onde copiei os textos. Estes são procedimentos acadêmicos.


O texto deverá ser apresentado na seguinte configuração:

A primeira página deverá apresentar o título em letra comic sanz 14, centralizado e, logo abaixo, o nome do autor em letra comic sans 12, negrito. O texto inicia a seguir, depois de dois espaçamentos.

O texto deverá ser digitado em padrão word, letra comic sans 11, normal, interlinha 1,5, alinhamento justificado e as quatro margens com 2cm. Deve apresentar , no mínimo, 2500 e, no máximo, 5000 caracteres com espaço.

segunda-feira, 16 de março de 2009

Canerno do nós; 13/03/09 - Rone lima

Atrasados por conta da aula de yoga de Yaska... Podemos centar perto da Renata que ela não morde!E agora? Agora somos todos adiministradores do blog;Leitura do caderno do nós que o Diego escreveu de forma que parecia que estavamos fazendo a aula, como a Maria Cláudia colocou.A Aline também gostou e como eu não tinha ido à ultima aula,ponderei ser interessante o fazer com conciência e sem conciência; Se perguntarmos algo em particular para a Renata ela nos ignora, ou nos dá um "rala",e aconteceu...(mais rala da Renata não costuma doer)Bom mesmo será colocar as nossas questões no coletivo:
Naiara:Cognitivo?
Maria Cláudia: Entender os ossos e a relação com sua prática.
Juliana de sobre nome...(a mais gordinha. Jú não, depois eu troco o texto):Relação com teoria e prática.
Felipe(mesmo esquema, o gordinho): Alongamento posterior e anterior?
Renata: Ponte é o alongamento posterior da coluna.
Uma enorme discussão sobre articulação: Articulaçôes globais - formato de globo
Articulações dobradiças - pra frente e pra trás
Articulações de duplo alcance - global e dobradiça.
Gabriel Pazoto: Toda global é dobradiça mais nem toda dobradiça é global?
Dedo indicador:
1ªarticulação; Dobradiça
2ªarticulação; Dobradsiça
3ªarticulaçõ; Só Deus sabe?
Maria Cláudia(dando pala): Vamos pensar no pé da galinha! Alguém até quis colocar uma foto no blog.
Legal!O braço começa na cravícula.Vamos girá-lo!

(música):
Vamos, girar os braços,
Vamos girando, girando,
Girando os braços pra frente,
Agora pra trás...
(Renata Meira)
Enrolar a coluna... O Gabriel agora está com dôr no ciático
Renata: Só um especialista pode resolver. Dôr é sempre muito sério.
Vanos agora desenrigecer a musculatura: Quadril encaixado, soltando ombros e pescoço: 8 pra direita
8 pra esquerda
8 pra frente...
4 pra direita
4 pra esquerda
4 pra frente...
1 quatro vezes...
Renata: Os que estão sentindo os braços mais leves provavelmente estavam mais tensos antes da aula e os que estão sentindo-os mais pesados provavelmente estavam relaxados; Enraizamentos e alguns saltos saltitos e saltões... Calma, silêncio, energia, pensamento, sincronia, andar do "tai chi chuan"... Alguns desejam ir mais lento, vão na frente, e ao final, cada um de acordo com seus estimulos internos, no seu tempo e espaço...Finalizamos no chão que o desejamos por mais tempo. Cada um disse uma frase eu "musica interna", o Renan, "sôpro" a Barbara "eu não sei", Da maioria eu também não sei, só sei que cada um se sensibilizou em conjunto e a seu modo... Nenhum dever de casa?

domingo, 15 de março de 2009

Da aula de 05/03 – Turma Noite

Muito bem mocinha, você foi muito bem!
Devo lembrar que a fessôra deu a tarefa de ler a apostila “Introdução à Anatomia Funcional – Estudo da Estrutura Óssea”, e também fazer um relatório à partir das questões, que no blog ai estão.
Continue sempre assim.

Luiz, Faria né.

Caderno do Nós - Noite (12/03/2009)

O Corpo no Espaço

Começamos nossa aula com uma roda de conversa na qual fomos discutir sobre a postagem anterior da nossa bailarina, todos gostaram bastante da postagem da mesma, pois eu que não estava na aula pude sentir todas as expressões e emoções que meus colegas passaram na aula
Depois fomos combinar quem iria fazer a postagem da aula e como ninguém quis fazer eu me candidatei.

O Wesley foi falar das suas dificuldades de não mexer o quadril, falando que nas aulas sua mente quer fazer algo porem seu corpo não responde.
A Bailarina disse que às vezes ela chega ao objetivo de um exercício, mas que depois não consegue retomá-lo novamente.Segundo a Renata o Wesley precisa mais de manipulação ou de força, boa dica pra quem ta com as mesmas dificuldades.

O que e estabilização de quadril?
E parar o quadril e mexer o resto do corpo.

Renata citou nosso colega de aula Renan que está conseguindo a estabilização de quadril, no entanto deixa a desejar na respiração. Tônus tônus tônus... Bunitoooo.

Surgiu uma duvida entre todos. Quais as diferenças entre Bacia, Quadril e Pélvis?

Bacia é o nome popular que se dá à pélvis ou pelve. O esqueleto da pelve é formado pelo ílio, o ísquio, o púbis, o sacro e cóccix. Em aspecto morfológico há ainda que se citar que a identificação de um esqueleto como masculino ou feminino se dá através da medida do angulo sub-pelvico, o qual nas mulheres é consideravelmente maior que nos homens. Isso porque as mesmas precisam que este possa dilatar de forma a passar a cabeça de um feto

O quadril é a projeção óssea do fêmur que é conhecida como o trocânter maior, e os músculos e gorduras na região.

A pelve (ou pélvis) encontra-se na cintura pélvica dos Tetrapoda. É composta por uma série de ossos longos (em anfíbios, répteis e aves) ou chatos (em mamíferos), quase sempre apresentando os seguintes componentes: sacro, ílio, ísquio e púbis. São nesta estrutura que se inserem os membros inferiores e apóiam-se uma série de músculos ligados ao seu movimento.

Pratica:

Começamos com um exercício de subir e descer o ombro estabilizando o quadril. Apos o termino do exercício a bailarina descobre que também e ¨mutante¨ e tem um obro mais auto que o outro, diz ela que e porque quando era pequena ¨ com coisa que não e ainda ¨ usava calçados com um salto maior que o outro.

Depois realizamos um exercício que demos o nome de Bonecos de Olinda, no qual deixávamos os braços livre, no qual cada um deveria procurar um espaço na sala e depois andando, depois rodamos os braços super rápido 360° graus, ate parecia que iria ser arrancado do nosso corpo
Como toda aula não pode faltar o desenrolar da coluna fizemos ela nessa aula também, com a coluna desenrolada colocamos as mãos no chão e começamos a andar pela sala como cachorrinhos, projetando os ísquios para o teto.

Apos isso fizemos a ondulação de coluna oito vezes para cada lado. Logo que terminamos esse exercício fizemos um de passo de Tai Chi Chuan , ficamos um atrás do outro como um bloco em movimento em ritmos lentos prestando bastante atenção na respiração.

Depois repetimos o exercício em dupla um segurando a crista ilíaca do parceiro, alguns sentiram mais confiança, mas eu particularmente não gostei, pois perdi a concentração. Logo apos mudamos a forma do exercício deixando ele livre de acordo com a necessidade do corpo de cada um. Fim da pratica.

Apos acabarmos os exercicios práticos a Renata nos pediu uma palavra que definisse a aula pra cada um, alguma que me lembro: foco, determinação, paz, tranqüilidade, espaço. Sentamos e fomos falar sobre os exercícios a Renata gosto bastante, pois todos tiraram a preocupação da cabeça fazendo com que o exercício fluísse.O legal do ultimo exercício foi o espaço coletivo e o desenho que ele faz.

Video Tai Chi Chua: http://www.youtube.com/watch?v=DaOwK5ugocM

Pra finalizar fica um questão pra turma: Como seu corpo se direciona no espaço em relação e ele mesmo?

Fim.
Até a proxima aula.
Saimon

sexta-feira, 13 de março de 2009

Caderno do Nós - Noite (05/03/2009)

[por Letícia Alvares] - FECHADO



Conversas e Decisões:

Primeira aula do semestre começa sempre igual! Em roda, uma conversa básica sobre o que foi visto no semestre passado e sobre o plano de curso desse semestre, o que devemos estudar, e fazer, e trabalhos, e leituras, e cadernos do eu, e agora do nós (novidade em última mão), formas de avaliação e etc, etc, e mais etc.

O livro básico do semestre se chama “O Papel do Corpo no Corpo do Ator”, de Sônia Machado de Azevedo (Segundo informações da fessôra, encontra-se no Submarino por R$48,00). Pros conversadores de plantão que perderam as explicações, a Renata vai deixar o livro na Sala de Reserva da biblioteca pra quem quiser pegar lá, a gente só vai ver ¼ do livro, mas ela garante que vale a pena comprá-lo!

A avaliação será dada da seguinte forma:
. 20 pontos – Interesse e Participação.
. 30 pontos – Desenvolvimento, Conquistas, Contribuição com o Grupo (inclui me ajudar nessa postagem! Haha).
. 20 pontos – Caderno do Eu (caprichem, hein?!).
. 30 pontos – Texto (artigo), relacinonando teoria e prática.
(Por favor, me corrijam se estiver errada alguma informação)

Foi resolvido ainda que não vamos ter intervalo entre as três aulas, mas em compensação vamos sair às 21h30min, ao invés de 21h40min.
Acho que de informações importantes, é isso. Qualquer coisa que eu tenha esquecido, postem aqui!

Conforme lembrado pelo caríssimo colega Luiz Fará (ops, Faria, piadinha idiota...), também foi pedido em aula que lêssemos a apostila "Introdução à Anatomia", e fizéssemos um relatório sobre nosso corpo a partir de umas questões postadas pela Renata no blog.



Prática:

Pra tirar a preguiça um alongamento básico, estica o corpo, sacode, faz careta, massageia o rosto, ‘bate’ nas pernas, e essas coisas que já estamos mais que acostumados.

Não lembro exatamente a ordem dos exercícios, então vou colocando de acordo com a memória mesmo, ok?

Uma caminhada básica pela sala, deita no chão, e ai vem elas... Temidas por uns, amadas por outros... AS BOLINHAS! (tcham, tcham, tcham, tchaaaam!!!)
Põe as infelizes, opa, as bolinhas (brincadeira, Renata...) em uma das suas batatas – da perna ¬¬ – sente os apoios, respira fundo (não vale parar de respirar, ok?), e aguenta firme! Como ficou sua perna em relação à outra? Passa a bolinha pra coxa (Ixa. Tinha na coxa? Ai Renata, me acode). Enfim, repita o mesmo na outra perna. Agora tem a mesma sensação das duas pernas no chão?

Vamos subir mais um pouquinho... Bolinhas abaixo dos ísquios, confortável? Acima dos ísquios, melhorou? Depois na lombar, e sem levantar do chão, arraste-as até abaixo das escápulas, no rumo da costela, e pra finalizar, desça mais um pouquinho até que as bolinhas fiquem entre as escápulas! Ainda está vivo? Então tira as bolinhas e sinta o chão...
Lembrando que em cada local onde colocamos as bolinhas tem todo o processo de respiração, sentir o chão, os apoios, o peso, e tal.

Que tal tartaruga? (Achou que eu não ia conseguir, né?), senta, encosta a planta dos dois pés, segura firme e... woooooow. Conseguiu? Não? Tenta de novo, é só impulso, isso, se joga pro lado. Com o tempo todo mundo pegou a manha! E a sala estava cheia de bebês mimados! Haha
Agora o que acham de levantar no impulso? Dá uma tombada pra trás como se fosse dar uma cambota, se joga pra frente e levanta, foi? Esse é mais difícil né... Não vale usar a força das pernas e abdômem Ju!

E pra matar a saudade, uma provinha de Baiadô pra todo mundo!
Usando a dança pra explorar o espaço, não podemos esquecer de prestar atenção
nas relações de corpo, espaço e movimento, ok?

Começando com o cacuriá, a ginga tá no quadril! A cabeça nem mexe! É cacuriá e não caroço!!!

“Mergulhãaao, mergulhou no mar!”... (2 vezes)

Pegou peixe Mergulhão? Eu não! Mergulha no mar Mergulhão (2 vezes)

E tem que dar um passinho pra trás quando o outro mergulhar, senão fica difícil! Cada um fazendo sua parte... Assim que fica bonito!
E conforme lembrado pelo queridíssimo André é importante destacarmos também as dificuldades da roda, que de ínicio estava beeem bagunçada, conforme cada um foi se conscientizando do seu papel, o exercício foi fluindo... (se alguém quiser colocar aqui mais detalhada a formação da cantiga, fica a vontade, que eu não consigo lembrar direito... )

Agora assim um caroço, 'Caju e Mel'

Seu cantar tem um cheiro de chuva e vento

Seu olhar desconcerta o meu ser há tempos

Um sorriso que mistura o céu ,Num olhar de caju e mel (2 vezes)

Seu cantar tem o tempo do amanhecer

Uma paz e aconchego de emudecer

A fumaça que vem do café e a meia esquentando o pé (2 vezes)

Nos seus braços descansar, no meu passo vem bailar

Girar , rodar em "ses"

Cantar, tocar em ti

Olhares seus eu li

É como não caber em si


Isso, tem que dobrar as duas pernas ao mesmo tempo, levanta uma e dobra a outra, vai, issoooo! Viu que a cabeça levanta e abaixa? E depois daqueeeela remexida no centro, tem que sair com alguém, né? Achou seu par? Olho no olho e gira... pra não ficar tonto, não tira o olho do parceiro!
Durante a viradinha fica olhando e vira a cabeça de uma vez só pra pegar o olhar de novo...
Xii... não adiantou? Olha pra palma da mão que a tonteira passa...


Finalizando a aula... um ‘L’ na parede, vai lá, deita encostando os ísquios na parede, e estica as pernas pra cima, 30 segundos, agora borboletinha na parede, mais 30 segundos... estica de novo, e outra borboletinha. Agora abre as pernas (ainda encostadas na parede), 30 segundos e proonto, cansaram?... Isso ajuda a manter a postura quando sentados no chão, se eu entendi bem fortalece o músculo que sustenta as costas eretas! (É isso mesmo, né Renata?) Vou fazer todo dia agora! hehe


Enfim. Liberados!
Até semana que vem, gente!




by Letícia Bailarina.

terça-feira, 10 de março de 2009

Caderno do Nós, turma A - 05/03/09

[Diego Lage] - FECHADO

Senta em roda. Abre a roda. A professora não morde. Todo mundo já tem essa apostila? “Introdução à Anatomia Funcional”. Em breve, na copiadora mais próxima.

Relaxar é não agir. A contração pode vir por um movimento involuntário, voluntário consciente ou voluntário inconsciente. Pare de bater o coração! Não dá – involuntário. Respire fundo! De boa – voluntário consciente. Deu vontade de coçar o nariz, e você nem viu que coçou? Pois é – voluntário inconsciente. Mas espere aí, quem mandou respirar agora? Então... O diafragma pode ser voluntário, mas, quando a gente não está nem aí, ele é involuntário. Se não fosse assim, alguém se distraia e pá! Morria.

O livro do semestre: “O papel do corpo no corpo do ator” – Sônia Machado de Azevedo. An, o quê? Estante virtual?

So.má.ti.co: do grego, somatikós; adj., respeitante ao corpo. E daí? Bom, após uma ampla pesquisa exploratória acadêmico-virtual (busca no Google), sabe-se o seguinte: A educação somática é um campo...

Mudando de assunto: ela não indica uma estética, porque ela é múltipla; ela não deixa o corpo marcado, mas versátil; ela é básica, e não é introdução. Isso mesmo. Ela é a Técnica de Base.


Quer mais? Esse tem na biblioteca. E como tem.
STRAZZACAPPA, Márcia. A preparação corporal na sala de aula – técnicas de base. In: Renata Bittencourt Meira; Irley Machado; Narciso Telles; Paulo Merísio. (Org.). Teatro: ensino, teoria e prática. Uberlândia: EDUFU, 2004, v. 1, p. 183-198.

Dez minutos e volta. Medicina chinesa: penteie as sobrancelhas, faça o caminho das lágrimas e aperte em cima dos dentes; dê aquela apertada no rosto; bate na orelha, “tem alguém aí?”; mordida; couro cabeludo, passe as unhas; pescoço; gire o cabeção, e cuidado; tapinha na cabeça; tapinha no corpo todo (desce por dentro e sobe por fora); alongue o braço; por cima do ombro, olhe o calcanhar; olhe o outro; abra os dedos do pé; solte os braços.

Ande e pegue duas bolinhas. Quem quiser mexer, mexa aí. Veja o que o corpo está pedindo. Sentou. Bolinha na batata. Deu para sentir a diferença? Bolinha no joelho não rola. Bolinha na coxa. A batata é mais sensível que a coxa? Bolinhas antes do ísquio. Depois. Bolinhas acima do sacro. Os ilíacos levantaram? Bolinha abaixo do tórax. As costelas levantaram? Bolinhas antes das escápulas. Doeu? Bolinhas na ponta das escápulas; projete o braço, encaixa. Aí, deu. Viu? Enfim, esse é o chão.

Espreguiçando livremente. Tartaruga: não é força, vai com impulso. Agora levantando daquele jeito... Roda. São muitas relações: a roda geral, os pares; a roda de mulheres, a de homens; a roda interna, a externa; e, mais adiante, descobrimos a roda espremida, a espaçosa. No mais, é “Mergulhão. Mergulhou no mar...” (Bem, é nessa parte que a turma posta comentários e ajuda a lembrar a letra).

quinta-feira, 5 de março de 2009

Primeiro Semestre de 2009





Corpo Expressivo e Sensível em Movimento



Atividade da semana

A partir da leitura da apostila Introdução à Anatomia Funcional, escrever um relatório sobre seu corpo, considerando as questões abaixo e outras que lhe parecer pertinente:

  • como está seu conhecimento anatômico? Quais as partes do corpo conhecidas e as desconhecidas? Como está a relação entre os conhecimentos cognitivos e corporais?

  • Você consegue entender os movimentos a partir do conhecimento ósseo? E criá-los?

  • Como está sua postura? O que precisa trabalhar para alinhar seu corpo?

  • Como é sua percepção corporal da gravidade? Qual sua percepção do peso do corpo quando está em pé? E quando está sentado? E deitado?

  • Como estão suas articulações? Há alguma com necessidade de trabalho específico? Há alguma que você não compreende o mecanismo?

  • Como esté sua musculatura? Alongada? Rígida? Forte? Frouxa?


Escreva o mais específico que conseguir, detalhando partes do corpo, percepções e reflexões acerca de seu corpo e do estudo sobre ele.