sábado, 19 de junho de 2010

Caderno do nós do dia 08/06/10 - Turma B

Iniciamos o encontro do dia 08 de junho com a exposição do protocolo do Wesley. Ele propôs que andássemos pelo espaço (Laboratório de Ações Corporais com um dos lados ocupado por materiais novos que o curso recebera). Ou seja, deveríamos andar pelo espaço procurando o equilíbrio e o preenchimento deste com o corpo de cada um que se submetia ao jogo. Partindo dessa ação inicial o protocolista do dia nos orientou a, de acordo com suas interrupções, variar as velocidades em níveis que teriam como referência comum a velocidade três, denominada velocidade cotidiana, estipulada em conjunto. Em duplas, Wesley incentivou-nos a trabalhar e descobrir apoios (um apoio, três apoios, oito apoios, etc). E para finalizar trouxe uma reflexão/provocação acerca das nossas percepções de Consciência Corporal e Expressão Corporal, a seguir solicitou que por meio de uma palavra caracterizássemos esta trajetória para que depois explicássemos o porquê da escolha.

Iniciamos a apreciação do protocolo, ainda pensativos sobre o que havia se falado. Surgiram pensamentos acerca da importância do diálogo entre processos. O exercício em dupla, em que trabalhamos a variação dos apoios, nos remeteu ao trabalho feito na aula anterior com os bastões que, como no trabalho com o corpo do outro, trouxeram novas possibilidades de repertório aos nossos limites anteriormente estabelecidos. Falamos bastante a respeito da individualidade percebida quando um mesmo objeto de estudo é trabalhado em corpos diversos, discussão que partiu do exercício em que lidamos com a velocidade, e chegamos à conclusão juntos, de forma simples, de que o tempo denominado lento para um ator que tem o tempo interno devagar provavelmente será mais demorado que de outro ator que possua um tempo interno muito acelerado. Assim conseguimos ter um olhar sobre a importância de se estabelecer em grupo uma velocidade comum (proposta inclusa no protocolo) e para isso perceber e aceitar a diferença no outro e nós mesmos.

Renata Meira precisou deixar-nos, mas preparou anteriormente o Felipe (responsável pela aplicação da prática) e Tabata (mediadora da discussão após o exercício) para darem continuidade ao nosso trabalho.

Trabalhamos a resistência de diversas partes do corpo, em duplas, utilizando tecidos. A seguir, com os bastões de ferro e individualmente, exploramos nossos movimentos utilizando, como estímulos para ações, o impulso, o lançamento, o balanço, “o etc”. Com os pequenos e finos bastões de madeira sensibilizamos os limites entre o eu interior e o mundo. Considerando os objetos utilizados até aquele momento (tecido, bastão de ferro e bastão de madeira) permitimos ao corpo ganhar movimentos que partissem de estímulos musicais (músicas muito diferentes umas das outras) e que trouxessem em si inspirações advindas das nossas memórias referentes aos personagens tipos trabalhados.

De acordo com nossa preferência escolhemos, dentre os movimentos trabalhados até aquele memento, os característicos de um único personagem e escolhemos uma das músicas para expressa-los novamente diante dos olhares alheios.

Finalizamos o encontro do dia em um consenso entre a turma, decidimos preencher a ficha preparada pela Renata Meira, que pedia detalhes a respeito da nossa improvisação, cada qual em sua casa para trazermos e refletirmos na semana seguinte.

OBS.: Caso tenha me esquecido de algo muito importante, solicito comentários complementares para que estas linhas consigam cumprir seu dever e trazer a tona memórias impagáveis. Não permitamos que elas se percam!

Abraços

Renata

quarta-feira, 16 de junho de 2010

Caderno do Nós - Aula do dia 10/06/10 - Professora Aline!

* Essa aula aconteceu com os monitores Aline e Felipe, a Renata não pode estar presente.

--> Começamos a aula com o protocolo da Roberta, que foi em duas etapas.
Escravos de Jó!!! Sim!!! Brincamos de escravos de jó com o corpo, assim como já havíamos feito durante as aulas de improvisação. Em círculo aberto, fizemos três etapas: a primeira cantada, a segunda murmurada e a terceira em silêncio, só "escutando" a resposta do corpo e cantando a música somente na memória. Esse exercício é sempre divertido, acorda o corpo, anima.

Todos para o centro da sala, em círculo fechado, com a parte da frente do corpo voltada para fora. Fixar o olho em um ponto da sala e correr até lá, volta para o centro, fixa outro ponto e corre novamente, e volta... esse era o comando. Fizemos isso durante alguns minutos, à medida que o tempo ia passando, a velocidade aumentava.
Depois nos espalhamos pela sala, a Roberta pediu que continuássemos a nos movimentar. Ela começou a cantar uma música "folclórica", um "frevo", e pediu que dançassemos livremente... o ritmo também ia aumentando conforme o tempo, dançamos uns 10 minutos.

Partimos para a apreciação do protocolo, todos em roda, disseram que o protocolo remeteu muito a aula passada.

--> Partimos então para um "aquecimento" que a Aline propôs, em duplas, a idéia era tentar tocar o outro, só que o outro não podia deixar! Ficamos um tempo nesse exercício, mudamos as duplas, os lugares na sala.

Depois nos reunimos em bloco, e tínhamos que andar lentamente, em base, com bastante tônus no corpo todo, força no abdômen. Sempre em bloco, perceber você e o outro. Fixar um ponto na parede e ir lentamente. A Aline ficava o tempo todo nos tocando, fazendo uma força contrária, para ver se realmente estavamos com a base firme, pés fixados no chão, braços com tônus. Chegamos até o outro lado da sala. Voltamos para a "brincadeira" de tentar encostar um no outro, só que dessa vez tínhamos que pensar na base, no corpo organizado, tentar nos locomover só que em base o tempo todo.

--> Retomamos os personagens (velho, mulher, feiticeira, criança e guerreiro). A partir do som, foi proposta uma improvisação, lembrando de observar impluso, balanço e lançamento. Durante a improvisação a Aline nos deu o comando de escolher um movimento e repeti-lo, observá-lo, alterá-lo... Depois, era pra retomarmos o personagem escolhido e continuar a improvisação a partir dele. Escolhemos cada um uma das 4 músicas que ouvimos durante o tempo de improvisação. Cada um escolheu a música que gostou mais, e depois a improvisação aconteceu aberta para que os outros assistissem.

--> Roda de conversa. Apreciação da aula...

Tabelas disponíveis na xerox, preencher de acordo com o que o Felipe passou.

é isso! acho que passei tudo que minha memória registrou!
bjs turma

terça-feira, 15 de junho de 2010

Aulas dias 15 e 17 de junho de 2010


Atividade

Elaboração de um texto a partir da reflexão sobre as praticas conduzidas pelos candidatos dos concursos para docentes nas áreas Interpretação corpo e ou voz.


Formato do texto: O texto deve estar de acordo com a normatização atualizada da Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) e obedecer à seguinte configuração: estar digitado em word, tamanho de página A4, espaço 1,5, fonte Comic Sans MS, tamanho 11, margens 2,5 cm. O texto de no mínimo 3500 e no máximo 5000 caracteres (com espaço) deve conter identificação de autoria, título e bibliografia.

Introdução
O plano de curso aprovado em aula por todos nós definiu como parte da avaliação, que serão atribuídos 30 pontos à elaboração de um texto relacionando a prática e a teoria, considerando:
a elaboração processual dos Diários de Leitura;
a contribuição para elaboração dos textos dos colegas;
a clareza de idéias e complexidade da reflexão do texto final.

Nesta direção, além das leituras e debates acerca da teoria, foram realizados diários de leitura, leituras orientadas por questões simples de entendimento e a elaboração de um texto sobre encenadores distintos. São também fonte para elaboração do texto os “Caderno do Eu” e a análise de movimentos a partir de referências de Laban.

Esta atividade vem finalizar o conjunto de exercícios para elaboração do texto que relaciona a prática com a teoria.

Orientações para elaboração do texto

Observe e escreva sobre um ou mais temas abaixo indicados:
  • Cuidados consigo e com o outro;
  • Estímulos de movimentos: memória, imaginação, emoção, raciocínio, sensação, impulso, apoio, gravidade, peso, força, equilíbrio, projeção, oposição, resistência;
  • Princípios de comunicação – expressão e observação;
  • Princípios Expressivos: Antropologia Teatral, Klauss Vianna e Método Laban

Você pode ainda fazer seu texto a partir dos objetivos ou conteúdo programático da disciplina:

Objetivos Gerais

·        Utilizar o corpo como elemento expressivo no contexto da linguagem cênica;
·        Relacionar treinamento, técnica e estética na perspectiva do corpo em cena;
·        Relacionar-se com o outro para cuidar e para se comunicar (mostrar e observar);
·        Reconhecer o corpo como um organismo sensível e cultural, produtor e decodificador de movimentos e gestos;
·        Criar e praticar movimentos expressivos conectados à subjetividade: emoções, pensamentos, sensações, imaginação e memória.

Objetivos específicos:

·        Criar e experimentar emissão de sons, palavras, melodias e ritmos como parte integrante do movimento.
·        Selecionar exercícios e estímulos de movimento adequados às suas especificidades corporais.
·        Experimentar e analisar diferentes estímulos para a criação de movimentos.
·        Ampliar as capacidades e limites físicos e expressivos.
·        Conhecer atividades de treinamento, relacionando a preparação corporal à expressão cênica.
·        Refletir sobre as linguagens do corpo em cena.

Conteúdo programático:

·        Estudo teórico e prático das atividades de expressão corporais, individuais e em grupo, que ampliem as capacidades expressivas de movimentos;
·        Corporificação de elementos fundamentais do movimento a partir do Método Laban, Método Bertazzo e Antropologia Teatral;
·        Estudo teórico, observação e análise sobre treinamento e técnica e a relação com a linguagem cênica;
·        Prática e reflexão sobre as diferentes formas de estimulação do movimento expressivo:
as motivações interiores: memória, sensação, imaginação, pensamento e emoção;
narrativas corporais;
palavras de ação e intenção;
imagens internas e internalização de imagens;
o texto teatral como estímulo do movimento;
objetos, música, poesia, situações cênicas;
observação do contexto cultural.

segunda-feira, 14 de junho de 2010

Aulas dia 15 e 17

Não teremos aula nos dias 15 e 17, mas teremos o concurso de professores da subárea de interpretação/Corpo e Voz que acontecerão no dia 15 à 1 h da tarde e no dia 16 a partir das 9h da manhã.

Será contado como aula de reposição, portanto compareça. A Renata colocará no blog um roteiro de observação da prova de determinado professor.

Obrigada

terça-feira, 8 de junho de 2010

Carderno do nós 27/05- Turma "A"

Caderno do Nós - 27/05 - Turma A

A aula começou com rápidos exercícios orientados pela Renata para acordar o corpo, como de praxe. Logo em seguida partimos para o protocolo. O protocolista do dia era o Lucas.
O protocolo em questão: "Em círculo devíamos dar a mão direita para a pessoa à nossa frente, e a mão esquerda para outra pessoa, exceto para as que estavam ao nosso lado. O objetivo é, sem soltar as mãos, voltar a ter um círculo no centro da sala. O grupo deve conversando entre si, ou não, determinar quem passa por baixo de que braços, e por cima de outros braços, até que o círculo fique completo. Assim, cada um deve experimenar em seu próprio corpo as 27 direções, os diferentes planos e níveis de Laban."

Fizemos uma primeira tentativa. Porém, por não ter sido mencionada a regra de que não poderíamos dar a mão para alguém que estivesse ao nosso lado, não conseguimos êxito no resultado. Ao perceber esta falha nossa, desfazemos o círculo e tentamos novamente. Dessa vez, seguindo as regras corretas. E então, conseguimos completar o círculo e desfazer o nó. Foi pedido que repetíssemos. Mas, dessa vez, sem comunicação. Mas, devido as dificuldades, foi necessário que pudéssemos conversar para que facilitasse um pouco executar o exercício. Foi muito díficil. Notava-se a diferença da postura de todos. Citando exemplo de extremos, dou destaque a mim e à Alejandra. No meu caso, eu mantinha uma postura de indiferença e falta de cooperação. Esperava que me dessem ordens e que me guiassem ao invés de propor sugestões que pudesse ajudar no sucesso do exercício. Já Alejandra foi a que mais se movimentou e tomou iniciativas, me atrevo a dizer que ela teve um espírito de liderança, não desmerecendo os outros que também estavam muito empenhados em desfazer aquele nó quase impossível de ser desfeito! Infelizmente, foi preciso desistir. Já estava demorando demais e chegamos até a desconfiar que alguém havia dado a mão pro colega ao lado.
Após a apreciação do protocolo, partimos enfim para os trabalhos. Começamos com o enraizamento. A partir disso, desenvolvemos em nosso corpo uma reprodução de um dos cinco personagens (mulher, feiticeira, guerreiro, velho, criança), de acordo com a nossa escolha. Ao trabalhar os personagens, mudávamos de um personagem para o outro, sempre atentos em como nosso corpo poderia deixar bem claro essa mudança de personagem.
Em seguida, fazemos o uso da imaginação. Guiados pela Renata, deveríamos imaginar os detalhes de uma caminhada na qual havia um personagem criado por nós no final. E aí deveríamos 'apossar' desse personagem e reproduzi-lo.
Eu, pessoalmente, dei mais importância ao trabalho do outro. Não consegui me concentrar muito. Quando ouvi um choro, não pude deixar de olhar pra ver o que estava acontecendo. Eu realmente achei que tinha alguém com problemas dentro da sala de aula. Bom, creio eu que a maioria em algum momento teve um pensamento parecido. Mas não. Era só a personagem da LaíZa que estava chorando desesperadamente. Eu confesso que a maior parte da minha atenção foi direcionada ao trabalho dela, ao invés do meu próprio. E acho que a personagem dela despertou interesse e curiosidade não só em mim, mas na turma toda. Eu, particularmente, associei àquela imagem à trechos da obra MacBeth, de Shakespeare. Já a Marina disse que viu ali a Ófelia, personagem de Hamlet. É uma boa associação também. Mas enfim, me atrevo a dizer que foi um destaque na aula.
Continuando...
Houve um momento em que mudávamos novamente de personagem. Nos deparávamos enfim com um lugar estranho, até tomarmos ciência de que estávamos em nossa casa. Explorávamos o lugar e organizávamos ele. Eis que algo nos faltava pra terminar a arrumação de nossa casa. Algo que só encontraríamos na casa do outro. Após conseguirmos o que nos faltava, voltaríamos para casa. Concluindo o trabalho, faríamos "um trajeto de volta". Do atual personagem ao personagem de antes. Foi pedido que memorizássemos três gestos específicos do nosso personagem para que possamos dar continuidade ao trabalho na próxima aula. E por último, foi pedido também que façamos uma análise do nosso personagem. Perguntei se éramos pra fazer um perfil psicológico dele, mas por hora, devemos analisar apenas o estudo do movimento do corpo dele.
Peço desculpas desde já se me esqueci de mencionar detalhes importantes da aula. Alguns detalhes me fugiram à memória.

Maria Natália.

terça-feira, 1 de junho de 2010

Caderno dos Nós –- Aula dia 25/05/10 - Turma B

Começamos com o protocolo da Jamile. Primeiro pediu que ficássemos correndo. Depois pediu que nós interrompêssemos o movimento, mudando-o para um ritmo lento, em contrapartida ao pulso interno. A partir dali deveríamos visualizar dos três personagens que estão sendo utilizados por nós nas últimas aulas (moça, guerreiro, crianças, feiticeira e velho). Logo após, deveríamos focar em um dos três, e assim que o tivéssemos claro em nossa visualização, usando uma folha em branco expressaríamos de maneira livre, com desenhos ou escrita, por exemplo, algo que, para cada um em relação a seu escolhido desse a ideia do seu personagem. Para finalizar, um alongamento não direcionado, alongando o que o corpo pedia. Roda de apreciação.

Na conversa tivemos pessoas dizendo que tiveram vontade de correr e chegar ao limite físico (podendo trabalhar, com indicação da professora, o conceito de esgotamento físico, de Grotowski), perceberam que seus gestos foram precisos e com tônus, devido a necessidade de se controlar a energia corporal pulsante (gerada pela corrida), tinham o corpo vivo e presente. Ouve um comentário em que a pessoa afirmava que seu rosto ficou mais dinâmico que o corpo. No entanto, ocorreram dificuldades como imprecisão na visualização do ser escolhido e sua transposição para o papel.

Fomos para a parte prática da aula, com um objeto novo, o bastão. Apoiando na parede, podíamos variar os apoios e consequentemente os eixos. Também tinha a opção de utilizá-lo como um ponto de apoio, ao se levantar um perna, por exemplo. Foi dado o comando de, aos poucos, ir visualizando um dos três personagens já mencionados. Como esse novo objeto interfere na construção corporal da personagem escolhida? Eu, desde o inicio, sabia que chegando nesse momento do exercício faria o velho, pela questão de que esse meu personagem possui um objeto semelhante ao bastão da aula, que carrega com si.

Morrice.