quarta-feira, 29 de abril de 2009

Caderno do Nós - Turma da Tarde (23/04/09) - FECHADO


Expressando o seu EU
por Mariana Montezel

Começamos a aula e eu já sabia que escreveria o Caderno do Nós dessa vez, porque semana passada eu preferi não fazer e disse que faria a próxima. Estamos aqui então! Porém dessa vez um pouquinho diferente. Não sentamos em roda, mas sim em quadrado!!! Essa realmente foi nova: o quadrado da conversa. Isso por causa de uma simples delimitação de espaço feita com fita crepe. E esse quadrado já levou a algumas falas estranhas do tipo: “Não estamos em equilíbrio”, “ Nem equidistantes”, “ Equi de cavalo?”, “Espera aí... o quê???”. Pois é, realmente estranho, mas “pulgas e cavalos à parte” (Renata), vamos ao que interessa.

Pelo fato de que teríamos aula de Improvisação no lugar da aula de Expressão, a Maria Cláudia postou no blog somente na quinta de manhã e a professora não conseguiu imprimir a tempo. Assim, na próxima aula vamos ter dois textos para ler. Mas já que voltamos a esse assunto, algumas pessoas que viram a postagem da Maria falaram sobre o vídeo da NASA que ela colocou. E aí tivemos novos comentários, como por exemplo, sobre as pessoas que ficam no espaço por mais de seis meses e acabam tendo problemas com o corpo, ressaltando assim “que a gravidade está a nosso favor”(Maria Cláudia).

Mas, voltando para a aula de hoje, a grande pergunta feita pela Renata: “O que já estudamos nesse semestre?”. A partir da pergunta começaram a surgir várias respostas ao mesmo tempo, e o que chamou mais atenção foi certa confusão feita entre nervo e tendão, o que já deu outro rumo para a nossa conversa.

“Tendão é o que liga o músculo ao osso, mas e o nervo?” Muitas teorias surgiram, até que o Renan disse: “Nervo tem alguma coisa a ver com o sistema nervoso...”. Muito bem Renan, agora em voz alta, para todos ouvirem, mas sem aumentar nada nessa frase ta?!?

Após um longo tempo de conversa e também de uma pequena pesquisa no Google, temos as seguintes conclusões:

- O tendão é uma fita ou cordão fibroso, formado por tecido conjuntivo, e tem a função de manter o equilíbrio estático e dinâmico do corpo, através da transmissão do exercício muscular aos ossos e articulações.


- O sistema nervoso é divido em periférico e central. O central é constituído pelo cérebro e pela medula e o periférico é constituído pelos nervos e pelos gânglios.


- Os nervos são constituídos de axônios e dendritos, que fazem parte do neurônio (aí o desenho da estrelinha comentado em sala).

Com essa conversa surgiram outros termos que para nós foram novos: propriocepção e sentido sinestésico. O que eu entendi sobre é que a propriocepção é a percepção do seu corpo no espaço sem usar a visão e o sentido sinestésico é a junção de todos os outros sentidos.

Agora todo mundo pressionando os olhos com as mãos e vendo o que acontece (podem comentar o que vocês viram. Manchas, quadriculado, preto, branco...). Isso porque o sensor de luz também é estimulado com pressão.

E toda essa conversa para não confundir nervo e tendão. Voltando a pergunta da aula: “O que já estudamos nesse semestre?” e finalmente as respostas: estudamos um pouco dos músculos e não só dos ossos; elementos de expressividade como, impulso, projeção, apoio, fluência livre e controlada (na aula passada no enraizamento) e tempo e espaço trabalhados no Tai Chi Chuan e nas músicas do baiadô. A professora explicou que semestre passado iniciamos pelos ossos porque com a noção do trabalho com o movimento a partir deles acionamos a musculatura certa sem pensar nela.

Para finalizar as conversas temos dois objetivos até o semestre que vem: descobrir o que o SEU corpo precisa e ter condições de aproveitar tudo o que aparece de treinamento para fazer.

INTERVALO só para água e concentração para a parte prática!!!

A parte prática ficou divida em três:

- 1ª'parte: aquecimento individual para cada um perceber o que o seu corpo precisa;

- 2ª parte: criar uma pequena cena a partir dos textos colocados na lousa;

- 3ª parte: apresentar para os outros o que foi feito.

Como foi um exercício realizado individualmente, não tem como colocar o que cada um fez aqui, isso fica para o Caderno do Eu e para os comentários, mas vou comentar como ocorreu de maneira geral.

Depois de um tempo para alongar e criar (dessa vez sem música), nos dividimos para apresentar aos outros. Uns escolheram o lado esquerdo da sala, outros o lado direito e alguns até o quadrado da conversa!! Aqueles que estavam assistindo os colegas tinham que tentar perceber os elementos de expressividade que estamos trabalhando:

- finalização do movimento, presença cênica e concentração;

- peso, densidade e força;

- velocidade ou tempo da ação;

- espaço total ou pessoal;

- fluência livre ou controlada;

- apoios e projeção;

- alinhamento e oposição;

- sons e palavras;

- movimentos centrais ou periféricos;

- olhar;

- gestos convencionais e mímica.

Terminando as apresentações, todos comentavam sobre o que viram ou não viram nas cenas dos colegas, tendo como objetivo afinar o olhar de cada um. A partir dessas conversas surgiram dúvidas e curiosidades.

“Se eu quiser trabalhar um movimento cotidiano em cena a ponto de ficar natural, tem como?” (Juliana Silveira)

“Não. A partir do momento que está em cena, é construção cênica, por mais natural que esteja o movimento. Ou é cotidiano ou é representação.” (Renata)

“Eu vi em algumas cenas variações de plano baixo, médio e alto.” (Renan)

“Segundo Laban, o que você viu é chamado de variação de níveis. Plano é outra coisa.” (Renata)

Vamos lá para uma breve explicação a partir do que eu entendi. Existem três tipos de planos: o da roda, o da porta e o da mesa. O Plano da Roda trabalha as dimensões frente/trás e cima/baixo; o Plano da Porta dimensões cima/baixo e lado/lado e o Plano da Mesa as dimensões lado/lado e frente/trás.

Falamos um pouco também sobre salto ornamental, em que acontece uma fluência controlada (os movimentos realizados) dentro de uma fluência livre (o salto) e sobre os gestos convencionais e o mimético. Para exemplificar esses gestos vou usar a cena da Bárbara. O gesto mimético seria o que ela fez, abrir a garrafa como se ela realmente estivesse segurando o objeto, e o convencional seria ela fingir que a mão dela era a garrafa.

Encerrando a aula de hoje por aqui, pois já passamos um pouquinho da hora!

COMENTEM!!!!!

4 comentários:

Felipe Braccialli disse...

Mah, já que você comentou sobre o formato da "estrelinha" do neurônio, você poderia aproveitar para por uma imagem dele para melhorar o entendimento de todos ^^

Exemplo de imagem:
http://www.lncc.br/~labinfo/tutorialRN/imagens/esquemaNeuronio.gif

;)

Mariana Montezel disse...

Fê, muito obrigada pela dica. Na verdade eu já tinha separado essas imagens que coloquei agora, mas na hora de postar não estava dando certo. Agora sim!

Maria Cláudia S. Lopes disse...

Sobre o que vi quando pressionei dedos sobre pálpebras, foi estranho porque vi as marcas das minhas digitais...como isso é possível? Não sei...rs

André Luz disse...

Passei pra só pra falar que achei linda sua postagem!
haha
Beijos para montezel.