terça-feira, 21 de abril de 2009

Caderno do nós, turma da noite. Por Ana Paula Botelho

Achei que a imagem tem tudo a ver com enraizamento e projeção!


O Diego pode mudar de turma? Alguém está se sentindo injustiçado com essas mudança? A aula começou em roda, com o assunto de troca dos alunos, como ninguém se incomodou, a mudança foi feita. Diego veio para turma da noite e na próxima semana Bárbara e Wesley já estarão na turma da tarde.

Ainda na roda foi feita a leitura do caderno do nós, postado pela Duda e lido pela Adriene. A respeito da dúvida que havia surgido em relação a mão da Renata no bumbum alheio, a Eduarda e a Jú exemplificaram (a mão é para que o corpo fique alinhado, porque há a tendência de levantar o quadril junto com a perna que levanta)

A Letícia deu a ideia de tirar fotos dos movimentos, para termos uma memória (literalmente) fotográfica. A ideia veio depois de relembrar o exercícios da palma, soco horizontal...

Houve comentários sobre os exercícios da escapula feitas na escada e a comparação do exercício com a turma da tarde, comparação feita pelo Diego, surgiram duvidas, curiosidades, então... Já pra barra! Na barra, senta nos ísquios, segura a barra com ambas as mãos, monta e desmonta, a sensação é de encaixar e desencaixar a escapula (o desencaixe é posição de conforto, não tão confortante assim, mas nesta o corpo fica solto), lembrando que a escapula que sustenta.

A Letícia teve dificuldades então a Renata a ajudou, e depois passou em um por um colocando a mão ajudando a maior percepção do movimentos, a sensação que tivemos foi de abrir a cintura escapular quando estávamos contraindo e fechar quando relaxávamos. O Rone fez um caminho de rotação, a Renata demonstrou o que ele estava fazendo e então todos nós tentamos nesse novo caminho.

Agora sem a barra, ainda sentados tínhamos que fazer os mesmos movimentos sem segurar em nada, muito mais difícil! E de pé? Mais dificuldades ainda!

Alinhamento, “vamo” lá! Com a escapula encaixada, levanta uma perna e aponta os ísquios para o chão. Não achou? Eles estão ai, é por causa do másculo que dificulta encontra-los, é só músculo não é Adriene? Então, encaixa o quadril, rotação do fêmur, flexiona o cotovelo e o punho, as mãos em esfera, joelhos para fora., pés paralelos (lembrando sempre do arco deles). Agora solta, não vamos ficar parecendo um boneco, é só não flexionar muito os joelhos e nem empinar o bumbum, vamos andar, relaxados mais sem perder o alinhamento.

Olhamos alguns desenhos, a aproximação dos isquios (apontando-os para baixo) com o sacro, surgiu a pergunta do Diego, “-O que a aproximação dos isquios altera no corpo/movimentação?” A Renata esclareceu sobre possibilidade que ele da a báscula (movimentação dos ossos). Ela deu exemplos dessa movimentação. A báscula do quadril é mais evidente e a do sacro é muito suave, quase imperceptível, mas ele se movimenta (não é monolito), ele se desliza com nossa caminhada. A aproximação do sacro e isquios formam um triângulo que alem de possibilitar a bascula, libera um espaço que acomoda melhor os órgãos.

Conversamos um pouco sobre posturas, encaixamentos dos ossos, andamentos, o corpo parado e seus apoios, observando as gravuras vimos os perigos de não se ter uma consciência do corpo. Olha lá em galera atenção na posição do quadril, perna, pés, coluna, quando se espera o ônibus ou essas ações cotidianas!

Fomos para o enraizamento com atenção no alinhamento e no quadrilátero, durou aproximadamente umas 3 musicas. Então a Renata disse para abusarmos da fluência controlada (movimentos mais definidos e sustentados), usar diferentes apoios, Duda não deixar mais o pé em “en dehors” [Renata, não sabia como escrevia procurei na internet e achei assim o nome da posição dos pés se estiver errado por favor me corrige] (pés posicionados para o lado de fora devido a torção do joelho), foi permitido o uso de movimentos livres (mais sem abusos, movimentos com sentido e finalização), projeção e vários tipos de enraizamento. Mais 3 musicas e a Renata falou que o movimento precisava de mais intenção, desenho, ir ao máximo. A Bárbara devido a uma dor lombar faria movimentos no chão e de alongamento, a Duda controlando os pés e o resto da turma, comendo no bandejão, como diria a Renata.

Aproximadamente 40 minutos, 8 musicas, enraizamentos, torções, impulsos, apoios, fluência livre, controlada (descontrolada também rsrs), projeção... e suor. Ao som de músicas indigenas (apesar de muita gente ter escutado musica indiana, árabe e africana), ficamos sabendo da origem das musicas na conversa que tivemos depois do exercício, falamos sobre o trabalho de improvisação, que são feitas desde o semestre passado, todos nós concordamos que o trabalho está com mais qualidade, devido o conhecimento cognitivo e corporal. Conversamos também sobre a densidade e tempo a qualidade que esses dois fatores da ao desenho feito pelo corpo.

Cada um falou um pouco da sua “viagem” durante o exercício, creio que as sensações estarão no caderno do eu de cada um, né galera?

Mais uma discussão, falamos sobre a qualidade e evolução dos movimentos, os novos movimentos, a criação de personagem atravez do corpo e expressões corporais (não ser criado um modelo de personagem para depois surgir o movimento, a busca do oposto disso, a criação de um personagem atravez de movimentos não racionalizado), o movimento da imaginação e o quadrilátero ganhando tridimensionalidade. Seu quadrilátero estava lá?

A Renata deu feedback de um por um, segundo suas anotações durante a realização do exercício. Nos devolveu os textos e dos deu dicas para os novos que serão escritos.

Espero o comentários de vocês para me ajudar a melhorar o texto. Beijos (lembrando que a próximo horário da aula de expressão corporal será aula de Interpretação com o Narciso) a todos bom fim de feriado e inicio de semana e boa viagem pra Renata!

Um comentário:

Aline Jorge disse...

Gente do céu, vou ter que comentar só pela foto.. que lindaaaaa!!! Perfeita.. Enriqueceu muito a postagem!