terça-feira, 13 de abril de 2010

Caderno do Nós - aula 08/04 (TURMA A)

Nossa aula dessa semana começou com um exercício de observação e análise da expressão de nossos movimentos, partindo do gesto cotidiano, ao exageradamente teatral.
Ficamos em meia lua, enquanto um de nós nos observava (do lado de fora), e a partir do gesto da primeira pessoa da fila, íamos trabalhando o crescimento gestual, e consequentemente a expressão corporal. O exercício era simples: bastava ir aumentando o movimento do colega que o executou antes de você.
Uma importante constatação surgiu na execução dessa atividade: a importância de se usar a coluna, e as oposições do corpo no espaço, com relação às direções, para que assim o gesto se torne expressivo, e também, ocupe volume no espaço.
Logo depois, sentados em círculo, participamos do protocolo da Laíza.
Cada um de nós recebeu um envelope com uma figura dentro e uma caneta! Enquanto a Laíza lia um texto que refletia sobre seres humanos e animais, abrimos o envelope e do lado da imagem escrevemos "o que devia ser o olhar para o ator?"....
Entre as figuras existiam pinturas, animais e até mesmo pessoas que de alguma forma marcaram a memória de todos nós. Com destaque sempre para a face e o olhar!
Foi interessante perceber que a face e o olhar trazem sentidos diferentes do que o signo representa de acordo com as convenções sociais e ideológicas!
Após esse momento, tivemos uma conversa sobre o caderno do nós, destacando alguns pontos a respeito do andamento de nossas aulas:
  • O caderno do Nós anda esquecido no blog e não conta com comentários da turma!
  • Algumas pessoas andam esquecendo a importância de uma organização corporal durante as aulas.
  • Há pouco relacionamento das leituras com as atividades práticas realizadas em aula.
  • Há pouco envolvimento da turma nas aulas, assumindo determinado tarefismo!

Desenvolvemos na aula, também, a atividade de empurrar a parede. Esse exercício foi muito bom, pois podemos analisar a importância do tônus muscular e dos diferentes apoios em que nos utilizamos em nossas expressões corporais. Quando sofríamos a reação da parede, após a ação de empurrá-la, nos desgrudávamos, e então, íamos ao centro da sala, observava-mos e entendíamos o exagero presente em nosso rosto, assim como em nosso corpo (emitindo sons, algumas vezes), e o que eles expressavam.

Fizemos um exercício de direcionamento de olhar, como se olhássemos para as pontas de um asterisco.

A Renata nos mostrou algumas poesias de Paulo Leminski, e as lemos todas. Assim, cada um escolheu uma para si, e através de duplas, após uma pequena improvisação, apuramos o material que havíamos levantado. Ou seja, um colega "dirigiu" o outro, para que assim pudéssemos apresentar para a turma os pequenos monólogos feitos por nós. As apresentações deveriam ser executadas três vezes para que os colegas, observadores, respondessem às seguintes perguntas, para debatermos na próxima aula:

  • Quais as escolhas expressivas dos elementos utilizados no espaço(força e suavidade, olhos e nrosto, direções no espaço)?
  • Foi enfatizado outro elemento expressivo(apoio, equilibrio, impulso, oposição)?
  • Como foram organizados esses elementos, considerando espaço, tempo e corpo?
  • Como o texto e a voz se relacionam com os movimentos e a composição?

Lucas Larcher

5 comentários:

Renata Sanchez disse...

Uma pena não haver registro da ultima aula da turma B, de qualquer forma seu caderno do nós pôde me trazer alguns elementos à memória.
Ótimo!!!

Felipe Braccialli disse...

Vida e Morte
Amor e Dúvida
Dor e Sorte.
Quem for louco
Que volte.

Emanuelle disse...

Fico triste de ter perdido tudo isso... mais o pouco que participei, que foi na questão das máscaras percebo a grande importância da observação da pessoa antes de você... porque se não perde o sentido do telefone sem fio ( não sei bem o nome da brincadeira)...rsrs

l disse...

Vida e Morte
Amor e Dúvida
Dor e Sorte.
Quem for louco
Que volte. [2]
Aula carregada de sentimentos, sentimentos obrigados a aparecer em nossas expressões exageradas. Empurrar parede é encarar suas limitações, e relacionar com elas.

Clara Bevilaqua disse...

Agora que consegui achar um jeito de ler o Caderno do eu, vou comentar...
como a Renata Sanches disse... Me fez recordar de coisas importantes para meu caderno do eu.
"Amei em cheio
Meio amei-o
Meio não amei-o."