quarta-feira, 6 de maio de 2009

Caderno do Nós - 30/04/09 - Felipe Casati

Desvendando o movimento do outro, apurando nossos olhos!

Todos entramos na sala com um pequeno atraso, como de praxe, e após ajudarmos a Mariana a se acomodar, pois ela havia quebrado o dedinho do pé e estava com parte da perna engessada, nos sentamos em roda. A Mariana havia levado seu raio-x para todos verem o que tinha acontecido com seu dedo, todos darem uma olhadinha.

A respeito das perguntas e discussões a sala chegou a conclusões e esclarecimentos:
Traumatismo craniano é uma lesão no crânio, no mínimo trincar-lo, se a lesão for muito grave e houver um deslocamento muito grande da cabeça ou do cérebro pode até matar.
O fêmur seria um dos piores ossos a se quebrar, pois possui uma grande quantidade de emacias devido ao local de produção, assim se ele for quebrado podem ocorrer infecções, porém a coluna vertebral é um local que traz, ao se quebrar, riscos de perda de movimentos, quanto mais acima na coluna vertebral é a lesão mais movimentos você pode perder.
Maria: É muito grande o gesso dela. (Referindo-se ao gesso de Mariana)
Renata: Creio que seja para ela não poder mexer as articulações.

Pulgas, pulgas e pulgas!!!
Renata conta quando caiu em uma vala e deu sorte em quebrar um osso e não partir um ligamento, pois o osso se restaura e o ligamento não.

Renata: Temos que estar concentrados ao fazermos nosso trabalho. Há estudos que dizem que o “pessoal da dança” cuida mais do corpo do que o “pessoal do teatro” na hora de fazer exercícios e experimentações. Tai uma boa questão: o que é se entregar no fazer teatral?

Algumas considerações sobre o “Caderno do Nós” feito pela Maria Cláudia:
· Muito lúcido e explicativo no que diz respeito as questões e comentários do vídeo da NASA.
Agora sobre o “Caderno do Nós” feito pela Mariana:
· Um caderno muito completo, rico em detalhes e também em figuras e esquemas.

É parece que não tinham muito o que dizer do caderno das duas.

Fomos então para a prática:
Em duplas tínhamos que, cada um, retomar a sua seqüência de movimentos enquanto o outro observava e fazia suas anotações sobre a movimentação do outro. O objetivo era refinar o olhar cênico do observador.
Depois dessa prática não houve muito tempo para conversa, a Renata até reclamou que as pulgas estavam atiçadas naquele dia, e falamos somente o básico que encontramos em cada análise, não nos aprofundando muito. Nos atentamos a observar, principalmente:

· Movimento direto (une dois pontos) e indireto (passa por curvas), ambos relacionados com o espaço.
· Centrais e periféricos.
· Movimentos centrais e periféricos.
· A questão do olhar cênico, que diz alguma coisa.
· Movimentos livres e controlados.
· Chegamos à conclusão que a presença cênica é algo cultural.
· Tempo, espaço, fluência e peso.

Algumas considerações feitas pela sala sobre o exercício: Gabriel usa fluência controlada e ritmo. Felipe Casati (eu) fluência livre, controlada, impulso e queda. Renan se utiliza de quebras de movimento, variação de tempo, quedas e controle de fluência. Enquanto Maria e Maíra se utilizam do espaço pessoal, eu, Renan e Gabriel fazíamos uso do espaço total.
Aí vão alguns vídeos de danças (movimentos) para, se apurar e treinar ainda mais nossos olhos:

São dois vídeos do meu gosto, mas nada os impede de colocar mais vídeos!

http://www.youtube.com/watch?v=MdGa8LRvAio

http://www.youtube.com/watch?v=wbC45f-hGpc



Postado por Felipe Casati.

2 comentários:

Maria Cláudia S. Lopes disse...

Bacana Felipe, adorei os vídeos,principalmente o solo! Como são muitos elementos pra se observar, nessa tentativa de analisar o movimento, me ajudou pensar nos 4 itens que você escreveu por último ( tempo, espaço, força,fluência) que são do LABAN, fiquei pensando se...o restante pode ser englobado dentro desses quatro, pergunta lançada...quanto aos vídeos, foi legal porque me fez pensar em coisas novas e pensar na diferença entre os dois,que é grande! VALEU!

renan bonito disse...

interessente a postagem pois foi mais direta, mais objetiva.