quinta-feira, 14 de maio de 2009

Caderno do nós - 07/05 - Tarde

Ao invés de ir direto pra sala da matéria fomos pra uma sala mais comum para assistir uma parte do II SEMINARIO DE PRATICAS EDUCATIVAS. Nele pudemos ver de uma forma descontraída a apresentação dos alunos do sexto período do nosso curso de Teatro nos mostrando suas impressões dos PIPEs (Projeto Integrado de Pratica Educativa) e dos estágios supervisionados. Após teve duas alunas do curso que já passaram pelos estágios e nos contaram um pouco dos seus processos ao ministrar as aulas.Juliana Prados usando o melodrama e Camila Tiago utilizando-se dos viewpoints.

A aula de Expressão Corporal começou mesmo às 15h20. Mesmo que não estivéssemos no centro da sala acabamos por sentar em roda, e conversamos rapidamente o que havíamos achado do seminário e praticamente todos gostaram muito de ter assistido e de melhor entender agora a importância dos PIPEs e de certa forma se preparar para o que vem por aí após eles... A aula hoje ao contrario das outras iria iniciar-se com a pratica e só depois leríamos o caderno do nós, etc...

Cada um pegar duas bolinhas. Deitar no chão. Sentir o peso do corpo começando pelos pés e passando pela panturrilha, quadril, coluna, tórax... Perceber as partes do corpo que não encosta no chão como por exemplo a parte oposta da rótula e a lombar. Se quisesse podia mexer alguma parte do corpo caso ele estivesse pedindo. Respiração abdominal (“Respiração inferior ou abdominal: o abdome (infla e) expele sem que o tórax seja usado de forma alguma.Este é um tipo de respiração ensinado usualmente nas escolas de teatro”. GROTOWNSKI in EM BUSCA DE UM TEATRO POBRE. p. 100). As mãos esticadas ao longo do corpo ( e não rente à ele). Colocar uma bolinha em cada nádega. Movimentar de leve as nádegas sentindo as bolinhas. Depois de um tempo tirar e perceber como agora a parte em que a bolinha esteve parece ter acordado e parece estar mais em contato com o chão. Depois as bolinhas logo abaixo das escapulas. Se estiver doendo comece a pensar nos outros apoios do corpo pra aliviar e/ou respire. Começamos a mexer a face. Juntar sobrancelhas. Separar. Juntar e Separar. Levar a face em direção ao nariz e lentamente ir soltando. Ao repetir começar e terminar em outro pronto percebendo a diferença. Depois movimentos livres com a mascara facial tencionando e relaxando, aproximando e repulsando. A partir da expressão facial qual o movimento do corpo, aonde nos leva? e assim começamos a nos movimentar. De olhos fechados? Ao movimentar-se tentar pensar e imaginar sobre o movimento; o que ele te remete, lhe faz pensar, imaginar e viajar (porque não?). Não precisava ser lógico desde que fizesse algum sentido pra você. Usar os elementos de expressividade (movimentos de basew, periféricos, tempo, etc...). Lembrando que todo o exercício foi feito ao som de um violino/violoncelo(?) de algum aluno da música que treinava no saguão.

Sentando em roda... começamos a conversa sobre o exercício que acabávamos de ter feito:

Bárbara Prata-> dificuldade de se expressar simultaneamente com o rosto e corpo
Renata-> As vezes no corpo focamos só uma parte por isso quando vamos trabalhar o multifoco temos dificuldade.

Nada que o exercício constante e o trabalho não resolvam.

Felipe Braciali-> o rosto levou o corpo a movimentar-se.
Gabriel-> as bolinhas na escápula tencionou, mas quando começou a mexer o rosto acabou esquecendo da tensão e até mesmo da existência das bolinhas.Quando tirou, que alívio: ”parecia uma conchinha”.

Lembraram de que não adianta mandar o corpo relaxar. Relaxar é exatamente o não envio de qualquer tipo de “informação” pra uma determina parte do corpo.

Nayara-> diferente das outras vezes dessa vez sentia a bolinha sem incomodar nem doer. Teve dificuldade de ativar o pensamento.
Barbara Lamounier-> muita energia. Nada concreto no pensamento. Trabalhou mais no chão.
Aline-> o violino ajudou a relaxar nas bolinhas.
Wesley-> braços lentos, pernas rápidas. Variação de velocidade. Sentiu seu rosto relaxado após o exercício da face.

Temos vários caminhos a ser percorrido. Aprender a percorrer um caminho e outro. Se identificarmos. Mas precisamos explorar outras pra ganhar versatilidade. Como educador é fundamental saber diferentes processos pra estimular o aluno. E a universidade é essa confusão de caminhos e de escolhas. Você acaba não escolhendo e sim sendo envolvido.

Ju Silveira-> devida a tosse perdeu a concentração e por isso não conseguiu realizar integralmente o exercício.
Felipe Braciali-> quando encontrou a parede se encontrou pois sentia-se perdido pela sala.

Leitura do Caderno do Nós anterior feito pelo Felipe Casati. Ju Silveira leu. Comentei sobre o espaço pessoal/geral.
Renata-> nem sempre vai ser explorado o espaço geral quando estamos só no pessoal.

O break desenha o espaço. Movimento indireto ou vários diretinhos?

Renata-> A analise dos movimentos é relativa e é melhor trabalharmos com ela na criação do que na descrição. É muito rica pro treinamento do ator. Parâmetros para buscar suas limitações expressivas. Para limpar movimentos.

Ler RUDOLF LABAN: UMA VIDA DEDICADA AO MOVIMENTO (está na na xérox). Não esqueçam de fazer seu diário de leitura, ou fichamento, ou resumo, ou...Encontrar no livro básico da disciplina a conexão de Laban com o teatro. Por escrito pro próximo dia 21 um texto que relacione essa conexão com os Cadernos. Pode fazer um recorte do assunto.Com o tamanho e normas do embrião do artigo que fora entregue no inicio das aulas.

E pra finalizar um vídeo de break dance. Vale a pena ver o que o rapaz consegue fazer:

http://www.youtube.com/watch?v=UYFDYX4i2EY

Um comentário:

Maíra Rosa disse...

Fez bonito hein renan....