terça-feira, 8 de junho de 2010

Carderno do nós 27/05- Turma "A"

Caderno do Nós - 27/05 - Turma A

A aula começou com rápidos exercícios orientados pela Renata para acordar o corpo, como de praxe. Logo em seguida partimos para o protocolo. O protocolista do dia era o Lucas.
O protocolo em questão: "Em círculo devíamos dar a mão direita para a pessoa à nossa frente, e a mão esquerda para outra pessoa, exceto para as que estavam ao nosso lado. O objetivo é, sem soltar as mãos, voltar a ter um círculo no centro da sala. O grupo deve conversando entre si, ou não, determinar quem passa por baixo de que braços, e por cima de outros braços, até que o círculo fique completo. Assim, cada um deve experimenar em seu próprio corpo as 27 direções, os diferentes planos e níveis de Laban."

Fizemos uma primeira tentativa. Porém, por não ter sido mencionada a regra de que não poderíamos dar a mão para alguém que estivesse ao nosso lado, não conseguimos êxito no resultado. Ao perceber esta falha nossa, desfazemos o círculo e tentamos novamente. Dessa vez, seguindo as regras corretas. E então, conseguimos completar o círculo e desfazer o nó. Foi pedido que repetíssemos. Mas, dessa vez, sem comunicação. Mas, devido as dificuldades, foi necessário que pudéssemos conversar para que facilitasse um pouco executar o exercício. Foi muito díficil. Notava-se a diferença da postura de todos. Citando exemplo de extremos, dou destaque a mim e à Alejandra. No meu caso, eu mantinha uma postura de indiferença e falta de cooperação. Esperava que me dessem ordens e que me guiassem ao invés de propor sugestões que pudesse ajudar no sucesso do exercício. Já Alejandra foi a que mais se movimentou e tomou iniciativas, me atrevo a dizer que ela teve um espírito de liderança, não desmerecendo os outros que também estavam muito empenhados em desfazer aquele nó quase impossível de ser desfeito! Infelizmente, foi preciso desistir. Já estava demorando demais e chegamos até a desconfiar que alguém havia dado a mão pro colega ao lado.
Após a apreciação do protocolo, partimos enfim para os trabalhos. Começamos com o enraizamento. A partir disso, desenvolvemos em nosso corpo uma reprodução de um dos cinco personagens (mulher, feiticeira, guerreiro, velho, criança), de acordo com a nossa escolha. Ao trabalhar os personagens, mudávamos de um personagem para o outro, sempre atentos em como nosso corpo poderia deixar bem claro essa mudança de personagem.
Em seguida, fazemos o uso da imaginação. Guiados pela Renata, deveríamos imaginar os detalhes de uma caminhada na qual havia um personagem criado por nós no final. E aí deveríamos 'apossar' desse personagem e reproduzi-lo.
Eu, pessoalmente, dei mais importância ao trabalho do outro. Não consegui me concentrar muito. Quando ouvi um choro, não pude deixar de olhar pra ver o que estava acontecendo. Eu realmente achei que tinha alguém com problemas dentro da sala de aula. Bom, creio eu que a maioria em algum momento teve um pensamento parecido. Mas não. Era só a personagem da LaíZa que estava chorando desesperadamente. Eu confesso que a maior parte da minha atenção foi direcionada ao trabalho dela, ao invés do meu próprio. E acho que a personagem dela despertou interesse e curiosidade não só em mim, mas na turma toda. Eu, particularmente, associei àquela imagem à trechos da obra MacBeth, de Shakespeare. Já a Marina disse que viu ali a Ófelia, personagem de Hamlet. É uma boa associação também. Mas enfim, me atrevo a dizer que foi um destaque na aula.
Continuando...
Houve um momento em que mudávamos novamente de personagem. Nos deparávamos enfim com um lugar estranho, até tomarmos ciência de que estávamos em nossa casa. Explorávamos o lugar e organizávamos ele. Eis que algo nos faltava pra terminar a arrumação de nossa casa. Algo que só encontraríamos na casa do outro. Após conseguirmos o que nos faltava, voltaríamos para casa. Concluindo o trabalho, faríamos "um trajeto de volta". Do atual personagem ao personagem de antes. Foi pedido que memorizássemos três gestos específicos do nosso personagem para que possamos dar continuidade ao trabalho na próxima aula. E por último, foi pedido também que façamos uma análise do nosso personagem. Perguntei se éramos pra fazer um perfil psicológico dele, mas por hora, devemos analisar apenas o estudo do movimento do corpo dele.
Peço desculpas desde já se me esqueci de mencionar detalhes importantes da aula. Alguns detalhes me fugiram à memória.

Maria Natália.

2 comentários:

l disse...

pulga: Estou adorando isso de postar os cadernos dos colegas, sou a primeira a ler e isso me motiva para fazer comentários =D pulga morta...

bom... gostei muito da descrição feita pela Maria Natália, mas gostaria de fazer algumas observações que acho que vão contribuir.
1º entre o protocolo do Lucas e o exercício para trabalharmos as personagens, teve um outro exercício dividido em duas etapas: a primeira deslocando pela sala com um corpo "rígido", carregado de tônus, depois em velocidade bem rápida e sem o tônus, deveríamos explorar o espaço. Nesse segundo momento, estimulados pela professora, começamos a incorporar a voz no exercício, a partir daí demos início ao trabalho dos 5 personagens, primeiro com o andar e depois seguindo as coordenadas da professora. Então, não acho que o trabalho de criação dos personagens tenha sido feito apenas com o uso da imaginação, teve todo um processo de atividades corporais que contribuíram e muito para a criação da personagem.
Bom, pelo menos foi assim que aconteceu comigo. As coordenadas e a imaginação ajudaram muito, mas o corpo já tinha uma presença e disposição muito forte e disponível para outras atividades.
2º Sobre a mudança de personagens, vale ressaltar que muitos colegas acabaram criando uma sequência cronológica entre os personagens que acabam tendo uma ligação entre si, além do que a mudança de um personagem para outro acabou deixando alguns personagens mais "completos" que outros.
3º como alguns colegas esqueceram da "tarefa para casa" e já pediram que eu explicasse como é pra ser feita, vou deixar registrado aqui no blog também: Descrever sobre o processo de criação do seu personagem baseado nas "montanhas" que nós já estudamos: Burnier e etc (rsrs). Se alguém tiver mais detalhes sobre o exercício, faça um comentário postando porque eu não tenho certeza se é apenas isso que deve ser feito.

besos & besos

Clara Bevilaqua disse...

É isso mesmo, descrever a "criação" do personagem a partir das leituras feitas.
Também senti falta do exercício de tônus na descrição da aula.