terça-feira, 11 de maio de 2010

Caderno do nós - Turma B 04/05/2010

Nossa aula começou com a entrada de bolinhas e bastões.

Não tivemos protocolo, porque a Bebel está viajando e não foi à aula.

A Renata M pediu que fizéssemos uma roda, cada um com 02 bolinhas.

Enquanto fazíamos a bolinha no pé, fomos lendo o caderno do nós do Rafael.

Cada um “puxou” a sua bolinha pro pé e a Renata M disse: temos 03 toques com a bolinha: (Rafael lembrou quais eram)

  • 01- suave , na pele
  • 02- músculo
  • 03 – estrutural

Renata M comentou que “o primeiro pé que fica de base, normalmente fica desconfortável e depois quando troca o apoio é melhor”. Por isso fizemos um pouco de bolinha no pé direito, só pra acordá-lo e logo ele se tornou no pé de apoio, e depois trocamos de novo.

Renata M disse “ o primeiro toque tem a ver com o tato, a superfície e volume do pé; o segundo com a maleabilidade e flexibilidade do pé; e o terceiro é estrutural, então vamos pouco a pouco dando estes sentidos e sensações para os pés.”

Iniciou-se a leitura do caderno do nós.

Renata M pediu para cuidarmos e alinharmos o corpo neste momento. Depois da leitura inicial do caderno do nós, ela passou o caderno na roda, para os alunos também lerem, enquanto fazíamos a bolinha no pé. A roda de alunos estava nesta sequência Renata, Rafael, Hanna, Eluhara, Katia

Enquanto líamos a professora foi sugerindo movimentos para que a gente tentasse outras posturas e equilíbrios (bolinhas nos dois pés, só a parte lateral dos pés, a parte da frente) e neste movimento o grupo iniciou um bailado, uma dança própria, com as bolinhas nos pés.

A leitura do caderno ainda continuou com a Tábata e o Wesley.

Renata M pediu que ampliássemos os movimentos, ativando abdômen, abrindo os ossos das mãos, fazendo as torções.

Continuamos a leitura do caderno do nós, que de certa forma lembrou e ajudou também o nosso trabalho. Pelo caderno do nós, lembramos que falta passar para o Rafael os apontamentos da aula referida pelo caderno.

Ao final do caderno tinha um comentário de uma atriz do grupo Oco da Bahia, que participou do Festival Ruínas Circulares, este comentário mexeu com a turma, todos se sentiram importantes, “o nosso blog está internacional” disse Wesley.

A Renata M entregou os bastões, e começamos a andar como papagaio. Perguntou se tinha algum comentário sobre o caderno do nós, e sobre a leitura perguntou se todos fizeram. “Na passagem de um bastão para o outro, não desorganiza os pés, e os ombros não precisam ficar suspensos”. Jamile chegou.

Depois disso, fizemos dentro do círculo de bastões uma formação de colunas e filas, fizemos um coro de TA TUM.

TATUM/ TATUM/TATUM/TATUM/TATATUM/TATATUM/TATATUM/TATATUM.

Fizemos um coro e seguimos a Renata M no movimento, depois fomos todos juntos.

Demos uma acordada com batidas no abdômen. “Inspira, expira e reorganiza as costelas e púbis”.

Depois fizemos a mesma coreografia, só que agora rodando. Uma frase para cada lado da sala. E depois recomeça no mesmo lugar.

Renata M, nos pediu para ficarmos mais próximo, o mais próximo que dá pra ficar um do outro.

Jamile pediu para rodarmos para o outro lado, pois estava ficando tonta,mas como a Renata M disse que agora fecharíamos os olhos, decidimos rodar no mesmo sentido que já estávamos. Renata M pediu que aos poucos ficássemos com um olhar de serviço e com isso vamos fechando os olhos.

Pequeno acidente, Rafael bateu na Jamile. Recompostos tentamos para o sentido.

A Renata não entendeu isso e de olhos fechados foi para um lado, enquanto a turma todo ia para o outro lado. Refizemos todos juntos. Ok.

Renata M disse: “ todos quentes de localização de espaço, peguem um bastão.” Ela propôs que em duplas fizéssemos movimento. Bato aqui, bato aqui, bato aqui, bato aqui hehehehe. Inspirada nos movimentos do Maculele, a Renata M montou uma coreografia com 4 batidas e movimentação no espaço. Pediu que ocupássemos a sala em duplas, de maneira simétrica, depois da 5ª. vez que ela disse simétrica, conseguimos chegar numa configuração.

Iniciamos a dança. Paramos. O que aconteceu? Começamos a acelerar e ficamos tontos.

O movimento foi relembrado. Pés frente e trás, mãos se cruzam.

Renata M pergunta: “ Deu pra entender” Respostas: Deu!!! Não!!!

Indicações: Começamos para o centro, o golpe a favor.

A movimentação acabou gerando uma música: Golpe e cruza, chão, tã tã, chão.

Juntos fizemos com Rafael e Eluhara que estavam com dificuldade de enteder. Foi bem legal ver a turma toda se envolvendo na dificuldade dos colegas, e ver os colegas chegando junto do restante da turma.

Iniciamos o movimento. Renata M sugeriu que as duplas poderiam criar uma autonomia no movimentos e a foi sugerindo personagens para percebermos se eles cabem ou se transformam a nossa ação:

CRIANÇA

GUERREIRO

FEITICEIRA

VELHO

MULHER

De modo geral a turma toda se estimulou e se divertiu com isso.

Rafael “acho difícil, não é questão de concentração, é coordenação.”

Jamile “ a mudança do personagem, te faz querer ir em outro ritmo”

Wesley “ o velho para mim é uma velocidade reduzida”

A Tábata lembrou que alguns atores que são velhos e são ativos.

Renata M, disse que a junção de dois personagens também cria outros ritmos, por exemplo um velho guerreiro.

O guerreiro foi determinado como: samurai, índio, guerreiro do medievo.

Para Jamile era um samurai e isso determinou um joelho dobrado. Já a mulher foi mais esteriotipada.

Katia “ A mulher foi o que ficou mais perto de mim, os outros tinham mais distância”

Para Rafael, a mulher foi o mais difícil.

MUDANÇA DE TRABALHO

Finalizado este momento, Renata M propôs que fizéssemos duplas, e cada dupla com dois bastões. A proposta era segurar os bastões nas pontas dos dedos, ou colocar a ponta dos bastões na palma das mãos (uma extremidade para cada um da dupla) e se descolar pelo espaço.

Depois fechar os olhos. Passar pelos 5 personagens já citados. Escolher um personagem, ficar um tempo com ele. Escolher outro.

RODA – E aí?

Jamile disse que de olho fechado percebeu que para a dupla (ela e eu) fluiu melhor. Concordo com ela.

Rafael disse que ele e Hanna derrubaram o bastão muito, e ele acha que era porque ela estava apoiando o bastão na palma da mão e ele na ponta dos dedos. Ele detectou que foi difícil, mas que foi legal, e os personagens dão movimentos e ritmos.

Renata M perguntou que quais os personagens que identificamos mais neste segundo trabalho? Jamile e Hanna: feiticeira.

Rafael- guerreiro

Jamile percebeu que quando a Renata M pediu para trocar os personagens, ela estava de velho e eu de criança, e isso foi difícil para ela.

Rafael disse que no primeiro personagem foi no mais simples para ela, a feiticeira, para se resolver e se sentir seguro.

Eluhara disse que a 2ª. parte foi melhor, e de olhos fechados mais ainda. O bastão caiu muitas vezes, mas deu pra perceber melhor na 2ª parte.

Renata M: E o que isso tem a ver com a leitura?

Respostas variadas: apoios, gravidade, resistência.

Jamile sentiu a gravidade e resistência.

Renata M disse que tem momentos que a gente não reconhece os elementos.

Renata disse que quando trabalhamos dois corpos, são diferentes e quando entra o novo fica mais difícil de reconhecer. Para Renata M o movimento novo traz consciência.

Wesley disse que depois que faz ele consegue pensar sobre. Falou que o ventilador que foi ligado tirou a sua concentração.

Eu disse que não penso enquanto faço, geralmente, mas que nestes exercícios percebi sempre no guerreiro, vetores e peso.

Rafael disse que além de reconhecer nele os movimentos, tinha algumas coisas que ele sacava. Oposição, apoio. Quando a Renata M falou, ele pensou em observar o outro. Quando a gente está de olho aberto é mais difícil, e quando está de olho fechado é mais fácil reconhecer o peso, oposição, eixo.

Renata M quando pensou a proposta da aula, pensou em 2 coisas e na sala uma 3ª. surgiu:

1º. Trabalhar o bastão em propostas que estimulassem qualidades de movimento diferenciados. Ex: bater e ter ritmo. Ritmo marcado e comum, e outro tempo mais contínuo e ritmado.

Aproveitou para fazer um desabafo, disse que adora dar aula, mas burocracia é ....

2º. Espaço, sinuoso. Ela disse que esperava que as leituras fossem diferenciadas.

Falou que os personagens são estímulos de inter-relação desses elementos: espaço, tempo, ritmo, oposição.

Hanna: Porque esses personagens?

Renata M: Arquétipos. Fazem partes dos nosso arquétipo, e a feiticeira do nosso imaginário.

Jamile: Esteriótipos. A feiticeira é um esteriótipo.

Renata M: Estes personagens também tem seus esteriótipos, mas vamos tentar fazê-los fora disso. Cada um de nós tem tendências e facilidades.

Ela nos contou que no seu caso, se pensar em tempo ela é mais lenta. Se pensar em força ela tem mais peso. E é mais direta que indireta. Cada um tem as suas. Esses personagens nos dão a oportunidade de experimentar outros lados, mas não precisamos definir os mesmos movimentos para os mesmo personagens, podemos acionar isso para nós.

Wesley disse que fazer de olhos fechados foi bem esteriotipado para ele, mas depois deixou que o movimento o levasse.

Eu disse que para mim reconheço, no caso do personagem guerreiro, um repertório corporal que se apresenta.

Renata M disse que é importante conhecermos os nossos limites, bons e ruins, e sabermos para qual deles vamos entregar e também transpor.

Apontamos um caminho do estudo prático-teórico que vamos dar seguimento.

Depois disso fizemos a discussão das 08 perguntas das leituras propostas. E a Renata M, fez os seguintes comentários:

Eugênio Barba: busca princípios comuns, busca de observação do fazer embutido na cultura.

Laban- Movimentos. Ele trabalhou na guerra fazendo análise das pessoas e propunha cada um para fazer uma função que seu corpo tolerasse mais.

No estudo do corpo, Laban consegue reunir num mesmo corpo, o corpo cotidiano, o corpo que trabalha e o corpo do artista. A forma como ele analisa o movimento é comum, serve para vários tipos de análise.

Percebemos que as respostas foram bem diferentes, e a Renata M disse que é bom entender que esses estudos são práxis e cada um tem uma prática e reflexão e vão criando estudos possíveis para esta prática.

E neste momento comentamos sobre ......... (Esse é só pra quem tava na aula. Hahahaha)

Pra finalizar a Renata M propôs um trabalho com os personagens de Práticas de Composição, está no blog .

Nesta Prática, ela pediu um conjunto de imagens que vão alimentar um personagem que pode sair do esteriótipo. Alimentar o imaginário. Deve ser imagens dos 05 personagens propostos- Guerreiro, Mulher, Feiticeira, Criança e Velho, que deve estar disponível para uso na sala, ou seja , todos trazem imagem de corpo e/ou movimento para socializar.

Para a próxima semana, cada dupla vai trazer a pesquisa sobre a contribuição do seu encenador.

O protocolo da próxima aula e o caderno do nós, é meu (minha execução).

É isso. TÁ TUM.Katia Lou

Um comentário:

Bebel disse...

Pessoal, desculpem pela minha falha! Eu enviei o protocolo por e-mail pras duas Renatas, mas voltou e eu não tinha visto, então não encaminhei novamente!

Gostei bastante da forma como foi feita a leitura do Caderno do Nós (durante uma atividade usando bolinhas para massagear e perceber as estruturas do corpo - no caso, o pé) ADORO EXERCICIOS COM AS BOLINHAS!
Gostei também de saber que nosso blog tem sido visitado por pessoas que estão fora do nosso contexto!...

É isso aí!!!